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quinta-feira, 31 de julho de 2014

A frase do dia...



Esta também veio lá do Facebook

Entendeu ou quer que desenhe????

Tá lá no Facebook: 



                      OS VELHOS REAÇAS NÃO TEM MAIS JEITO!!!!

Hoje, um ex-aluno e leitor veio dizer, no Twitter, que "não consegue confiar no governo federal" e que este "não fez nada em quatro anos que inspirasse confiança". Pedi que fosse mais específico em suas críticas, já que é impossível esclarecer o que quer que seja quando alguém se entrega a generalizações. A resposta dele? "As jornadas de junho comprovam" e pronto.
Suspiro. 

Pra piorar, mesmo não apresentando um único argumento que sustentasse sua posição, ele imediatamente disse que eu defendia "cegamente" o governo. É o tipo de retórica mais canalha que existe: você ataca, ataca, ataca (mesmo sem argumentos); quando o outro defende, ELE é o "radical", o "cego". 

Sabem qual é o problema desses coxinhas? Eles não podem dizer o que querem de verdade: "O governo pensa mais nos pobres do que em mim!", então precisam ficar inventando desculpa. "Podia estar melhor", "O 'mercado' não quer Dilma", blablabla. 

Não sabem o que foi viver no Brasil na era FHC. Não sabem o que era o desemprego que levava gente com curso superior a fazer prova pra gari. Não sabem o que era ter o país vivendo um apagão. Não sabem o que é ter que escolher entre almoço e jantar - com sorte. O que é um moleque de 9 anos ter que trabalhar pra ajudar em casa. Nao sabem o que era estudar numa universidade federal sucateada e sob ameaça constante de privatização. Não sabem o que era viver de um salário mínimo que não dava pra comprar UMA cesta básica (hoje compra mais de duas). 

Então ficam no
 "blablajornadasdejunhoblablamensalãofoiopiorcasodecorrupçãodahistóriablabla".
Sejam honestos, porra! Digam: "PENSO SÓ EM MIM".

Não falem de corrupção pra atacar um governo que fez o que FHC e o PSDB não fizeram e não fazem: permitiu investigação. É MUITO FÁCIL bancar o honesto quando se mantém a imprensa amordaçada. Foi só sair de MG que os podres de Aécio começaram a surgir. Aliás, surgir FORA de Minas, porque aqui os principais jornais continuam calados.

Estou cansado de ter que rebater retórica vazia. Como seria bom ter uma oposição que pensasse, que permitisse debate de igual pra igual. Em vez disso, tenho que passar raiva ouvindo gente falar de "mensalão" e perguntando "quando PT vai devolver dinheiro público". QUE DINHEIRO PÚBLICO? MESMO aceitando que mensalão foi compra de votos (e não foi; foi caixa 2), não houve dinheiro público envolvido. Dinheiro público foram os 100 BILHÕES que a privataria custou ao nosso patrimônio. Mas isso esses idiotas preferem ignorar.

Chega uma hora em que isso começa a cansar.

Ok, eu oferecerei alguns argumentos, mesmo que ele não tenha conseguido:

PIB em bilhões de reais
2002 - 1.477
2013 -4.837
Fonte IPEA

Falências requeridas
2002 -19.891
2013 - 1.758
Fonte IPEA

Inflação
2002 - 12,53%
2013 - 5,91%
Fonte IPEA

Desemprego % mês dezembro
2002 - 10,5
2013 - 4,3
Fonte IPEA

Juros selic
2002-24,9%
2013-11%
Fonte IPEA

Divida pública % do PIB
2002-60,4%
2013-33,8%
Fonte ANDIFES

Salário mínimo em reais
2002- 364,84
2014-724,00
Fonte IPEA

Taxa de pobreza %
2002-34%
2012-15%
Fonte IPEA

IDH
2000-0,669
2005-0,699
2012-0,730
Fonte Estadao

Reservas cambiais em bilhões
2002-38
2013-375
Fonte IPEA Banco mundial

Gastos públicos saúde
2002-28bi
2013-106bi
Fonte orçamento federal

Gastos públicos educação
2002-17bi
2013-94bi
Fonte orçamento federal

Risco Brasil
2002-1.446
2013-224
Fonte IPEA

Economia mundial
2002-14a economia mundial
2013-6a economia mundial.

E mais: como lembrou um leitor, entre 1994 e 2002, houve apenas 48 operações da Polícia Federal; entre 2003 e 2012, houve 1.273 operações, com mais de 15 MIL presos. Em 2003, a Justiça Federal tinha 100 varas pelo país; em 2010, já tinha 513.
Às vezes, penso que Lula e Dilma não deveriam ter dado independência à PF e à Procuradoria-geral. Parece que o pessoal preferia antes, quando nada era investigado e ninguém era punido.

Mas nem seria necessário citar todos esses dados. Como lembrou outro leitor, só por ter reduzido a miséria no Brasil PELA METADE este governo já foi revolucionário e mereceria todos os aplausos do mundo.

Em vez disso, porém, sou obrigado a escutar retórica vazia, sem base e calcada no preconceito e no mais intenso elitismo.

E - VEJAM QUE BELEZA - AINDA ME PREJUDICO PROFISSIONALMENTE, perdendo leitores.

"Eu gostaria mais do Pablo se ele falasse só de Cinema".

E eu seria mais feliz se pudesse fazê-lo. Mas sou cidadão em primeiro lugar. E me recuso a ficar calado e contribuir, por inação, para que o país retroceda nas mãos daqueles que por décadas só se preocuparam em encher os próprios bolsos e em ignorar as necessidades de uma população que merece muito mais do que só uma refeição miserável ao dia.
-----------------------------------------------
UPDATE: Para os que estão dizendo que a responsabilidade de tudo de bom no país foi de FHC, dois links: http://www4.cinemaemcena.com.br/diariodebordo/?p=3782 e http://www4.cinemaemcena.com.br/diariodebordo/?p=3849.

O fim do caos aéreo...

O Aécim promte o fim do "caos aéreo" com a distribuição aos cerca de 5 mil municípios brasileiros do "kit aeropóporto" pré-frabricado como o modelo abaixo....








Com isso o neto carioca do velho Tancredo vai estender as facilidades de uso das pistas para pousos e decolagens de todos os brasileiros, pelo menos na imaginação...



quarta-feira, 30 de julho de 2014

A prova do crime....

O presidenciável tucano Aécio das Neves  Cunha do Arrocho, mais conhecido aqui pelas bandas das Gerais por Aécim, o neto, anda fugindo como o diabo da cruz das perguntas sobre o uso do Aeropóporto na fazenda de sua família em Cláudio, no centro do Estado. 

Muito se tem falado e pouco aparece de consistente sobre o assunto e até mesmo alguns jornalistas de direita como aquele italiano que odeia o Brasil, o Élio Gaspari, já tratou do tema condenando o neto do Tancredo. Mas faltava alguma coisa concreta: ou seja o uso da pista...

Aí aparece hoje uma foto com um pequeno avião estacionado na área de taxiamento do aeropódromo. Era a cereja do bolo. Só falta agora descobrir que aviaõzinho é esse:

30/07/2014 - 14:40


Foto Jornal GGN

Será que alguém na Mídia da Casa Grande se atreve???

Isso é jornalismo???

Um manual de desinformação

Por Maximiliam Klimberger

O uso de um manual sobre as formas de minimizar o noticiário sobre as ações de Israel contra os árabes circula na mídia norte-americana e foi, no último dia 29, tema de postagem, no Portal Luís Nassif Online. 


Diante da publicação, o jornalista Maximilam Klimberger publicou o seguinte comentário ao fato: 

"O uso desse tipo de manual já não é dirigido apenas à mídia norte-americana ou européia. Ele já é aplicado aqui no Brasil de uma forma aberta e sem cerimônia, pelo menos em um canal noticioso da TV paga: a Globonews. 

Hoje, por exemplo, na edição do "Jornal das 18h", a apresentadora Leilane Neubarth chegou ao absurdo de mudar uma declaração do líder do Hamas atualmente exilado, Khaled Meshaal, que entrevistado afirmou que a luta do Hamas era contra os colonos judeus que ocupavam território palestino e não contra Israel, o Estado judeu. 

Falando em seguida, por três vezes, Leilane mudou a declaração do líder palestino, afirmando que ele dissera que todos os israelenses era colonos e, portanto, chegando à absurda conclusão de que todo o Estado de Israel era reivindicado pelo árabes. 

Por seu sobrenome, Leilane parece ser judia, como judias são diversas outras repórteres e correspondentes da emissora paga das Organizações Globo. Uma delas, a correspondente em Israel, Daniela Kresch Shahar, já esteve envolvida em polêmica com delcrações anti-Palestina e foi acusada de sionista. 

Essas moças, boas profissionais por sinal, usam e abusam da cartilha de que fala esta postagem nas notícias sobre Israel e Palestinos, mostrando piedade para com os árabes, mas sempre cercada da necessária ressalva de que Israel "pratica seu direito a auto-defesa". 

Pelo visto, continuamos sendo manipulados como há muito tempo. Desde os anos 60 do século passado, quando os "Latin americans desks" tanto da UPI (United Press International) quando da AP (Associated Press), por exemplo, eram chefiados por jovens e competentes jornalistas judeus que sempre direcionaram noticiário dessas agências em tudo favorável a Israel, a Terra Prometida em luta com os loucos árabes.

O manualzinho está funcionando a todo vapor, como funcionam em toda a grande mídia brasileira as "pautas negativas" que dominam o noticiário sobre o Brasil."

Hoje, no mesmo Portal está a seguinte matéria sobre jornalismo engajado pró matança de Israel em Gaza:  


Israel e o nazijornalismo ocidental, 

por Fábio de Oliveira Ribeiro 
 



Durante sua devastadora campanha aérea contra a Sérvia, a OTAN e os EUA bombardearam estações de TV e de rádio que existiam no país. A justificativa dada para atacar alvos civis foi absoltamente singela: as empresas de comunicação ajudavam a sustentar o regime infame de Radovan Karadžić que estava movendo uma guerra de conquista territorial mediante limpeza étnica. 

Gaza tem sido diariamente bombardeada por Israel. Mais de mil de civis foram mortos, centenas de crianças inocentes tiveram suas vidas ceifadas em virtude de terem cometido apenas um crime: nascer em Gaza de pais palestinos. 

A Reuters e outras fábricas de consenso que ajudam a formatar a opinião global sobre o conflito geralmente justificam o "ponto de vista" israelense. Quando não minimizam as baixas entre civis palestinos dizendo que os mortos e mutilados são "danos colaterais", os jornalistas culpam o Hamas por ter atacado Israel autorizando o país a contra-atacar. 

Os dois lados são tratados como se fossem iguais, muito embora Israel tenha centenas de aviões e tanques de guerra e Gaza não tenha nem mesmo armamentos para repelir os sofisticados e devastadores ataques mecanizados israelenses. 

Apenas para exemplificar o modo de operar dos jornalistas brasileiras em favor de Israel citarei o caso do Jornal da Gazeta. Hoje o telejornal informou que bombas de israelenses caíram numa usina de energia elétrica de Gaza deixando os palestinos sem eletricidade. 

Disse também que o Hamas disparou mísseis contra alvos em Israel. O foco da matéria em relação aos palestinos foi a intenção do Hamas (chamado de grupo terrorista) de atingir alvos israelenses, mas a intenção de Israel de deixar quase toda população de Gaza sem eletricidade é disfarçada pelo discurso jornalístico. 

Ao dizer que "bombas israelenses caíram" na usina de energia o Jornal da Gazeta sugeriu ao respeitável público que isto pode ter ocorrido por acidente (o que evidentemente é um absurdo, pois Israel está usando armamentos precisos e sofisticados made in USA). O jornalismo sérvio foi considerado culpado por ter ajudado Radovan Karadžić . 
 
Quem culpará o jornalismo ocidental por ajudar Israel a produzir um genocídio infantil em Gaza? Esta pergunta nem mesmo é feita. Nada do que os jornalistas ocidentais façam pode ser considerado crime. Eles ajudaram os EUA a invadir o Iraque repercutindo as mentiras contadas pelos habitantes da Casa Branca e do Pentágono sobre as "armas de destruição em massa" de Saddan Hussein. E não foram responsabilizados por terem tocado os tambores de guerra para justificar a injusta agressão militar norte-americana. 

Fomos enganados, disseram alguns jornalistas depois que ficou provado que o Iraque havia desmantelado completamente seus programas de "armas de destruição em massa" 4 ou 5 anos antes da invasão comandada por George W. Bush Jr. e sua quadrilha de assessores igualmente mentirosos. Centenas de milhares de iraquianos foram mortos e mutilados desde 2003. A tortura se tornou uma realidade fotográfica compartilhada na internet pelos próprios torturadores. 

Os jornalistas norte-americanos fizeram um acanhado mea culpa e foram receber seus cheques gordos no final do mês como se não tivessem cometido qualquer crime. Neste exato momento os jornalistas europeus, norte-americanos e alguns de seus colegas brasileiros estão ajudando Israel a transformar Gaza em um monte de entulhos e corpos despedaçados. 

Eles estão lavando as mãos, sim. Mas fazem isto em bacias cheias de sangue infantil. E nem sentem vergonha quando, nos telejornais diários, culpam os palestinos por serem vítimas de crimes de guerra. Os jornalistas sérvios fizeram o mesmo e pagaram caro. 

Antes deles, os jornalistas nazistas fizeram algo parecido e também foram impiedosamente bombardeados. O nazijornalismo ocidental, contudo, parece determinado a seguir em frente, fomentando guerras não autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU como se isto fosse algo bom, belo e justo. 

Hoje a Reuters anunciou no seu Twitter uma reportagem especial sobre a origem das armas utilizadas pelos rebeldes russos na Ucrânia. Nada dirá sobre a origem das armas que Israel utiliza para despedaçar crianças em Gaza? Esta omissão me parece deliberada, pois os F-16 e as bombas e mísseis que eles despejam sobre civis palestinos são made in USA. Os tanques de guerra israelenses que disparam constantemente contra as casas dos palestinos em Gaza também não são fabricados na Rússia. 

Quando não estão ajudando Israel a destruir Gaza, os nazijornalistas europeus, norte-americanos e brasileiros acusam a Rússia de ter derrubado um avião de passageiro na Ucrânia. Eles fazem isto para desviar a atenção do respeitável público do único fato relevante: eles mesmos estão com as mãos ensangüentadas porque ajudam os israelenses a cometer crimes de guerra.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Um novo samba do avião...


 Paródia que está circulando na internet sobre Aécio e seu aeroporto. Imperdível!

Reproduzir o vídeo





https://www.facebook.com/photo.php?v=894542780559137&set=vb.483954278284658&type=2&theater





Tradição é isso...








Estas vieram lá do Facebook...

domingo, 27 de julho de 2014

Xiiiii... o piloto sumiu!!!



Esta veio lá do Blog Brasil! Brasil!

O aeroporto da Dilma

A DILMA TAMBÉM COMPROU UM AEROPORTO...

Depois do escândalo - que insiste em não passar - envolvendo a construção de dois aeroportos nas fazendas ou junto às fazendas da família de Aécio Neves, a revista "òia" resolveu pesquisar e descobriu que a Presidente Dilma Roussef também comprou um aeroporto para não ficar atrás do seu concorrente. A matéria já estava pronta quando o  o editor de política da revista, Litle Charles Fall,encaminhou o texto para a revisão. O revisor, ao conferir os dados, comprovou que a Presidente havia comprado o seu aeroporto no site do Submarino por R$216,00 e o deu de presente ao neto Gabriel que agora se acha um verdadeiro "Comandante Varig Master" de suas aeronaves. Bem diferente de certo alguém,. né não?

Abaixo as imagens do aeroporto da Dilma, comprado com o cartão pessoal de Dilma Vanna Roussef e o extrato do Aéciopóporto em Cláudio, um dos dois que a famiglia mantém em Minas...





Aeroporto comprado pela Dilma

Aeroporto do Aécio em Cláudio (MG)



Esta veio lá do Facebook...

sábado, 26 de julho de 2014

A charge...

ipojuca



Fonte: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-caos-aereo-mineiro/4/31440

Um banco que faz política...

O banco espanhol Santander, não satisfeito em quebrar seu país de origem, a Espanha, agora quer dirigir a política brasileira... 

Dá um tempo, né? 

A Agência Carta Maior explica:

O Santander e a lobotomia de uma Nação

Os bancos são os grandes provedores de conteúdo da rede Brasil aos cacos. Eles dão a corda, o jornalismo econômico dá o nó, o país entra com o pescoço.

por: Saul Leblon

Público.pt
O banco Santander, informa a ‘Folha’,  anexou aos extratos enviados a sua clientela de elite, o segmento ‘Select’, uma avaliação de natureza político eleitoral.

Caso Dilma se consolide na dianteira das intenções de voto, adverte  o maior banco estrangeiro em operação no país,  ações devem cair, os juros vão subir , o chão se esfarelar...

Em linguagem cifrada, ‘não deixe que isso aconteça: vote Aécio’.

Transformar extratos bancários em palanque da guerra das expectativas deve ser inclusive ilegal. O Ministério Público Eleitoral poderá dizê-lo.

O descabido, porém, não constitui anomalia no cenário brasileiro.

Os bancos são os grandes provedores de conteúdo da rede  ’Brasil aos cacos’.

Eles dão a corda, o jornalismo econômico dá o nó, o país entra com o pescoço.

Gente treinada e bem remunerada, quadros de elite --não raro egressos do Banco Central no governo do PSDB,  encontram-se  disponíveis  para somar forças com o bravo jornalismo  de economia na missão de esgoelar o Brasil.

Um bunker tucano, como o Itaú, hoje uma espécie de Banco Central paralelo, figura como um dos grandes provedores de conteúdo do noticiário econômico.
O recado é sempre o mesmo: não há futuro para o Brasil se a urna sancionar um segundo ciclo do  ‘intervencionismo’.

Quando as estatísticas teimam  –como agora que a inflação desaba, o apagão se esvai, os juros futuros recuam e o pleno emprego resiste— recorre-se ao talento do jornalismo adversativo.

O varejo, por exemplo,  quando cai é  uma  ‘tendência preocupante’; se sobe, ‘recuperou, mas é pontual’ .

Resultado bom ‘surpreende o mercado’. O inverso ‘veio em linha com as expectativas de deterioração do quadro econômico’.

É infernal.

A experiência brasileira  sugere que não há ingrediente mais precioso na luta pelo desenvolvimento  do que abrir espaço ao discernimento crítico da sociedade  contra o monólogo da desinformação.

Sem isso, prevalecem  interesses que se beneficiam do incentivo à amnésia  histórica.

Um exemplo?

A origem da tão propalada crise de confiança atribuída ao ‘intervencionismo estatal’.

Aqui e em todo o planeta sua principal fonte, na verdade, foi a intermitente eclosão de colapsos financeiros, a partir dos anos 70, quando a mobilidade dos capitais ficou livre do controle estatal que a banca ainda acha excessivo no Brasil.

Uma a uma, foram desativadas  as comportas erguidas a partir de 1929  para disciplinar  a natureza intrinsecamente autofágica e desestabilizadora do capitalismo financeiro.

Bill Clinton, em 1999, consumou o arrombamento iniciado por Tatcher e Reagan nos anos 80.

Ao revogar a lei Glass Steagall, o democrata  eliminou a distinção entre bancos comerciais e de investimento  --estes últimos só podiam arriscar com capital próprio lastreado em reservas.

Isso acabou.

Rompida a barreira, as águas se misturaram  –e o risco se diluiu.

O dinheiro  fácil, barato, mas de curto prazo,  jorrou no vertedouro da especulação engordando-a , ao mesmo tempo em que encurtava seus ciclos.

Como num cassino, o fastígio das primeiras rodadas parecia  eterno.

Dessa crença brotaram os créditos ‘ninja’, concedidos a  tomadores sem renda, sem emprego e sem garantias.

O chute no escuro empurrou todos os jogadores  ao buraco negro das subprimes, em 2008.

O Santander foi, na Espanha, um dos titãs da ciranda que legou ao país o maior encalhe de imóveis do mundo e um desemprego só inferior ao grego.

Em 2011, atolado em hipotecas micadas,   jogou a toalha: anunciou uma moratória de três anos sobre o principal,  em troca de receber pelo menos o juro dos mutuários espanhóis empobrecidos.

Em 2012, quando a corda apertava seu pescoço na Europa, o presidente do banco, Emilio Botín, aterrissou  no Brasil.

Disse que o país era a sua ‘maior prioridade no mundo’: daqui saíam 30% do lucro global do grupo.

Em setembro de 2013, estava de volta.

Depois de reunir-se com a  Presidenta Dilma Rousseff, anunciou: ‘Queremos participar ativamente do milionário Plano de Aceleração do Crescimento e financiar uns US$ 10 bilhões em projetos de infraestrutura . O Brasil tem se consolidado como uma grande potencia regional e global, com instituições sólidas e um sistema financeiro muito consolidado’ (EL País; 13/09/2013).

Dez meses depois resolveu lançar  extratos bancários consorciados a panfletos eleitorais contra  o ‘risco Dilma’.

A memória curta do Santander em relação ao país está em linha com a memória curta da mídia conservadora em relação à origem ‘da crise de confiança’  cujo fato gerador não apenas persiste , como ensaia um novo pico explosivo.

Fatos.

Dos mais de US$ 25 trilhões despejados no sistema financeiro dos EUA desde 2009, para mitigar o caixa rentista, apenas 1% ou 2%, no máximo, chegaram aos lares assalariados, na forma de crédito e financiamento.

 O que avulta, ao contrário,  é uma explosão irracional dos preços da papelaria financeira sem lastro na riqueza real --a mesma doença pré-2008:

 Na zona do euro, onde o Santander é a maior instituição bancária, a desproporção  entre a valorização dos ativos (títulos, ações etc)  e a curva do emprego e do consumo, replica a dança na boca do vulcão.

Estima-se que nos EUA grandes corporações tenham uns US$ 7 trilhões queimando em caixa. Liquidez ociosa à procura de fatias da riqueza real  para uma transfusão de lastro.

Com a economia internacional  flertando com a estagnação há seis anos, novas bolhas especulativas engordam no caldeirão.

A Facebook, por exemplo,  acaba de pagar US$ 19 bilhões (8% de seu próprio valor) por uma startup, a WhatsApp.

Para que o negócio justifique o preço terá que duplicar sua base de usuários para 1 bilhão.

Com o dinheiro barato irrigado  pelo Fed,  grandes corporações  norte-americanas tomam recursos a juro negativo para recomprar as próprias ações.

O artifício permite bombar balanços sem incrementar a  produção.

Estima-se que mais de US$ 750 bilhões de dólares foram utilizados nessas operações  em 2013.

Outra evidência da fuga para frente do capital fictício é a súbita procura por bônus de economias  reconhecidamente cambaleantes.

Casos da Grécia, Espanha e Portugal, por exemplo.

Os lanterninhas do euro  lançaram emissões no mercado financeiro este ano e conseguiram captar bilhões a juros baixíssimos.

Rincões cada vez mais  improváveis faíscam aos olhos da sofreguidão especulativa.

A última ‘descoberta’, a África, vê pousar fundos primos dos  abutres que acossam a Argentina. Tão aventureiros quanto,  compram emissões de Estados acuados por guerras e conflitos étnicos.

A ideia é receber pelo menos uma parte da remuneração indexada a  juros cinco a seis vezes acima do custo de captação nos EUA; depois cair fora.
 É nesse ambiente camarada que o Santander resolveu reforçar a lobotomia em curso no imaginário brasileiro.

Fomentar a crise de confiança é a pedra basilar de um mutirão eleitoral para escancarar as comportas que permitam ao capital ocioso avançar por aqui, como se o país fosse um banco de sangue complacente à  transfusão requerida pela especulação global.  

Estamos falando de um alvo de cobiça com população equivalente a dos EUA nos anos 70. E uma renda pouco superior a 1/3 daquela dos norte-americanos nos anos 30.

Com uma distinção não negligenciável: a distribuição no caso brasileiro é melhor que a dos EUA então, atropelado por  uma taxa de desemprego que chegou a 27% em 1937. 

O Brasil vive perto do pleno emprego;  tem população predominante em idade produtiva; um potencial de demanda ainda não atendida e recursos estratégicos abundantes, a exemplo do pré-sal.

Nada sugere que estamos diante dos ingredientes de um fracasso, como aquele vaticinado dia e noite pela rede ‘Brasil aos cacos’.

A curetagem conservadora, porém, pode anular a alma de uma nação -- se  conseguir convencê-la a rastejar por debaixo de suas possibilidades históricas.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Falta seriedade no Sion...

Um comentário sobre esta notícia obviamente dada pelo G1-Globo com o viés dos "american desks news" das agências noticiosas americanas e no fundo tentando destacar o acessório no lugar do essencial:

Observando os pontos chave desse verdadeiro massacre promovido pelo governo de Netanyahu na faixa de Gaza, ocorre-me abordar um aspecto histórico ligado às ações militares do estado sionista de Israel: Durante a II Guerra Mundial, os nazistas criaram os guetos em substituição aos progrons que antes marcavam as ações anti-judaicas.
 
 Em Varsóvia, na Polônia, o maior desses guetos, chegaram a viver cerca de 380 mil pessoas, numa concentração demográfica inferior à da Faixa de Gaza onde hoje vivem cerca de 1 milhão e 700 mil palestinos. 
 
A situação desses palestinos é idêntica ao do Gueto de Varsóvia, pois são contidos por Israel e impedidos até de usar sua costa marítima. Na verdade o que lá existe é a aplicação prática pelo Estado sionista do sistema de guetos aprendido com os nazistas. E não há, nenhum historiador sério que discorde da avaliação que figura no Wikipédia de que "O Gueto de Varsóvia foi o palco da revolta do Gueto de Varsóvia, a primeira insurreição massiva contra a ocupação nazi na Europa". 
 
O trágico dessa situação é que a reação dos israelenses é de aplaudir essa "insurreição massiva" em Varsóvia como exemplo de heroísmo e a classificar idêntica reação dos palestinos - também tirados de suas casas e terras - de "terrorismo". 
 
Pelo caminhar dos atos e declarações como essa do infeliz porta-voz da Chancelaria israelense, Netanyahu vai acabar fazendo ressurgir no mundo, com maior força ainda, o sentimento anti-semita até que um Hitler redivivo em meio árabe e uma bomba suja nas mãos, acabe de vez com o sonho de Teodor Herzl da Eretz Israel, hoje transformado em pesadelo para todo o Oriente Médio...

entrevista ao Jornal Nacional, exibida na noite desta quinta-feira (24), as críticas feitas pelo governo brasileiro de uso "desproporcional" da força israelense na Faixa de Gaza.

Ele ironizou a declaração do Brasil e fez referência à derrota sofrida pela seleção brasileira por 7 a 1 em partida contra a Alemanha na semifinal da Copa.


"A resposta de Israel é perfeitamente proporcional de acordo com a lei internacional. Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional e quando é 7 a 1 é desproporcional. Lamento dizer, mas não é assim na vida real e sob a lei internacional", disse Palmor.
Na quarta (23), em nota oficial, o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta".
A medida diplomática de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade.
Nesta quinta, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual Yigal Palmor questiona a retirada do embaixador e chama o Brasil de "anão diplomático".
Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles.
Há muitos contatos diplomáticos sendo feitos [sobre cessar-fogo]. Infelizmente o Brasil não faz parte. O Brasil se afastou de todos os movimentos diplomáticos ao convocar seu embaixador"
Yigal Palmor, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel
Em entrevista à TV Globo, Yigal Palmor afirmou ainda que desproporcional seria deixar "centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel".
Quase 800 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e mais de 30 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram em duas semanas de ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.
O porta-voz destacou que o que desequilibrou o número de mortos na guerra foi o sistema antimísseis do país.
"A única razão para não termos centenas de mortos nas ruas de Israel é termos desenvolvido um sistema antimíssil e não vamos nos desculpar por isso. Se não tivéssemos esse sistema haveria centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel. Isso seria considerado proporcional?", questionou.
Ao ser perguntado sobre se Israel vê possibilidade de um cessar-fogo com a iniciativa de discussão liderada pelos Estados Unidos, o porta-voz voltou a alfinetar o Brasil.
"Há muitos contatos diplomáticos sendo feitos. [...] Infelizmente o Brasil não faz parte. O Brasil se afastou de todos os movimentos diplomáticos ao convocar seu embaixador. Mas há outros países envolvidos. Um dia desses vai haver um cessar-fogo. A questão é saber quantas pessoas vão pagar com suas vidas pela teimosia e extremismo do Hamas."

Ataque contra escola

Disparos contra uma escola da ONU em Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza, deixaram mortos nesta quarta. A escola abrigava vários palestinos refugiados, disse o porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra.
A autoria do ataque ainda é incerta. O governo palestino o chamou de "brutal agressão israelense". Israel, no entanto, disse que está analisando o que aconteceu e que um foguete do Hamas pode ter causado as mortes.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O currículo do Aécim...

Uma coisa anda intrigando muita gente. É o histórico pessoal - curriculum vitae em linguagem chique - do Aécio Neves da Cunha auto proclamado candidato das elites à Presidência da República. 

Hoje, com bom crédito ao "Viomundo" do Luiz Carlos Azenha, finalmente encontramos um texto que reproduz o currículo daquele que a sabedora popular já chama da Arrocho Neves: 



Aécio e sua “bolsa família”: Parasitismo estatal para si, liberalismo para os outros




por Luis Carlos da Silva, especial para o Viomundo

Em várias declarações já ouvimos Aécio dizer que os petistas não podem perder a presidência da República, dentre outros motivos, para não ver cair seu padrão de vida. Provocação barata que ocupa o espaço dos debates estruturais que deveriam presidir uma disputa eleitoral da magnitude desta que temos à frente.

Mas, entremos no clima por ele proposto.

Aécio, de fato, não precisa se preocupar com seu padrão de vida. Ganhando ou perdendo eleições. Aliás, nunca se preocupou. Descendente das oligarquias conservadoras mineiras, que foram geradas nas entranhas do Estado, desde o império, ele não tem a menor ideia do que seja empreender na iniciativa privada. Do que seja arriscar em negócios e disputas de mercado. Do que seja encarar uma falência, uma cobrança bancária, uma perda de patrimônio.

Pasmem: é esse o candidato que faz apologia do livre mercado, da iniciativa individual como base para a ascensão social e da ideia do “cada um por si” como critério de sobrevivência na selva do capitalismo contemporâneo.

Até sua carreira eleitoral tem como fato gerador a agonia terminal do avô, cuja morte “coincidiu” com o dia de Tiradentes . Seu primeiro cargo eletivo é tributário disso: em 1986 ele obteve mais de 200 mil votos para deputado federal sem lastro político próprio. Quatro anos mais tarde, distante do “fato gerador”, ele se reelegeu com magros 42.412 votos.

No quadro a seguir temos um diminuto resumo da versão de sua “bolsa família”.





Reitera-se: trata-se de um “diminuto resumo”. A história de seus avós paternos e maternos é a reprodução integral de como foram formadas as elites mineiras: indispensável vínculo estatal (cargos de confiança no Executivo, cartório e muita influência no Judiciário), formação de patrimônio fundiário à base da incorporação de terras devolutas e estreitas ligações com carreiras parlamentares.

O pai, Aécio Cunha, por exemplo, morava no Rio de Janeiro quando,  em 1952 retorna a Belo Horizonte e, com 27 anos de idade, em 1954,  “elegeu-se deputado estadual, pela região do Mucuri e do Médio Jequitinhonha, ainda que pouco conhecesse a região (…)” conforme descrição no Wikipédia. Seus oito mandatos parlamentares nasceram de sua ascendência oligarca. Do avô materno, Tancredo, dispensa-se maiores apresentações. Atípico sobrevivente de várias crises institucionais que levaram presidentes à morte, à deposição e ao exílio, Tancredo Neves sempre esteve na “crista da onda”. Nunca como empresário. Quase sempre como interlocutor confiável dos que quebravam a normalidade democrática.

Aécio Neves, por sua vez, era um bon vivant quando passa a secretariar o avô, governador de Minas Gerais, a partir de 1983. Nunca foi empresário, nunca prestou concurso público, nunca chefiou nenhum empreendimento privado. Sua famosa rádio “Arco Íris” foi um presente de José Sarney e Antônio Carlos Magalhães. Boa parte de seu patrimônio é herança familiar construída pelo que se relatou anteriormente. O caso do aeroporto do município mineiro de Cláudio é apenas mais uma ponta do iceberg.

Enfim, ele é isso: um produto estatal que prega liberalismo, competição, livre mercado… para os outros. Uma contradição em movimento. Herdeiro, portanto, de uma típica “bolsa família”; só que orientada para poucos.

Aliás, esse parasitismo estatal é característico da maior parte das elites brasileiras. Paradoxal é defenderem os valores neoliberais.

Luis Carlos da Silva é sociólogo e assessor do bloco Minas Sem Censura

terça-feira, 22 de julho de 2014

A foto do aeropóporto...

Esta é a foto aérea do "aeropóporto" da famiglia do Aécim do Arrocho em Cláudio onde "existem 73 indústrias metalúrgicas" e nenhuma até hoje uso a pista de pouso fechada a cadeado nas mãos do tio-avo do garoto de Ipanema... 



É muito milhão para pouca vergonha...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O DataFalha e suas pesquisas...

O site da Agência Carta Maior publica um texto instigante sobre a tal última "pesquisa" do Instituto DataFolha da "Faia do Otavinho"... Vale a pena ler. 


8 possíveis manchetes sobre a pesquisa Datafolha que você não vê na mídia

Confira oito outras manchetes que a Folha e a Globo poderiam ter optado por usar, sem desrespeitar nenhuma das normas do bom jornalismo!


Najla Passos 

Encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, a última pesquisa do Instituto Datafolha sobre a sucessão presidencial, divulgada na noite de quinta (17), mostra um cenário eleitoral cada vez mais polarizado, mas ainda indefinido o suficiente para que não seja possível afirmar, com certeza, nem mesmo se haverá 2º turno.

Portanto, o destaque para o empate técnico entre a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) eventual prorrogação, calcado em uma diferença de 4%, soa, no mínimo, como uma escolha bastante “singular” entre tantas outras possíveis. Confira oito outras manchetes que esses veículos poderiam ter optado por usar, sem desrespeitar nenhuma das normas do bom jornalismo!




Divulgação
1 – Dilma tem mesmo percentual de votos que todos os seus 10 adversários somados 
Se as eleições fossem hoje, todos os dez adversários da presidenta Dilma Rousseff (PT), somados, conquistariam o mesmo percentual de votos do que ela, sozinha: 36%. Aécio Neves (PSDB) tem 20%. Eduardo Campos (PSB), 8%. O pastor Everaldo Pereira (PSC), 3%. José Maria (PSTU), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Rui Costa Pimenta (PCO), e Eymael (PSDC), 1% cada. Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB), não atingiram nem 1%. A margem de erro da pesquisa é de 2%, para mais ou para menos.

2 – Eleição pode ser definida no 1º turno 

Ao noticiar a nova pesquisa Datafolha, a Folha de S. Paulo destaca que Dilma mantém a liderança, mas empata com Aécio no 2º turno. De fato, a pesquisa mostra que, na prorrogação, a presidenta venceria o senador por margem de voto considerada dentro da margem técnica: 44% a 40%. Mas, de acordo com o próprio Instituto, ainda não é possível saber sequer se haverá 2º turno.  Na estimulada, os indecisos são 14%, número suficiente para eleger Dilma no primeiro tempo, caso se convençam que ela é a melhor candidata. Na espontânea, o peso dos indecisos é ainda maior: são 54%, contra os 22% que votariam em Dilma, os 9% que preferem Aécio e os 2% que optam por Campos.

3 – No 2º turno, Dilma pode vencer Aécio por margem de 8%

Na simulação de 2º turno entre Dilma e Aécio, como já foi dito, ela fica com 44% das intenções de voto e ele com 40%. Considerando os 2% da margem de erro para menos, no caso dela, e para mais, no caso dele, ambos estão empatados. Mas e se for considerado o contrário: os 2% para mais, no caso dela, e para menos, no caso dele? Dilma, então, venceria com 8 pontos percentuais de diferença.

4 - Pesquisa desconsidera o “fator Lula”, que agrega, e o “fator FHC”, que prejudica

Em pesquisa realizada em junho, o mesmo Datafolha apurou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o principal cabo eleitoral do país: 36% dos eleitores votariam “com certeza” em um candidato apoiado por ele, enquanto 24% talvez votassem. No extremo oposto está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: 57% dos eleitores afirmaram que não votariam “de jeito nenhum” em um candidato apoiado por ele. Estrategicamente ou não, nesta última pesquisa encomendada pelos dois veículos, o Datafolha esqueceu de apurar a influencia dos dois ex-presidentes na eleição.

5 - Início do horário eleitoral gratuito tende a favorecer candidatura de Dilma 

De maio para cá, Dilma e Aécio vem se mantendo estável nas pesquisas, como comprova a série histórica. Só que ele conta com o apoio da mídia, enquanto ela, ao contrário, está sob ataque permanente. Com o início do horário eleitoral gratuito, no mês que vem, Dilma passará a ter acesso ao público que, até agora, só escuta notícias negativas contra ela no rádio e, principalmente, na televisão. Portanto, a tendência é de crescimento da sua candidatura.

6 - Eleitores que avaliam o governo Dilma como regular podem decidir a eleição

Na pesquisa espontânea, 62% dos eleitores que consideram o governo Dilma regular ainda não sabem em quem votar. Sobre eles, é relevante considerar que as mulheres estão muito mais indecisas do que os homens, que há mais indecisos no Sul do que em outras regiões do país e, principalmente, que há mais indecisos na base potencial de Dilma: entre os mais pobres e os que só cursaram o ensino fundamental.  Na estimulada, considerando o mesmo grupo, apenas 30% declararam ter a intenção de votar nela. Percentual parecido, 31%, diz que não votam na presidenta de jeito nenhum. Portanto, sobram expressivos 39% para terem seus votos conquistados pelos candidatos! Na simulação de 2º turno, 43% votariam em Aécio e 40%, na presidenta, mais um empate técnico pelos critérios do Datafolha.

7 – Pesquisa Datafolha mostra que Copa e política não se misturam

Apesar do empenho da oposição e da mídia, o péssimo desempenho da seleção brasileira em campo não influenciou a sucessão presidencial, ainda que o eleitor possa ter uma percepção diferente sobre o assunto. Considerada a margem técnica de 2%, todos os candidatos mantém o mesmo percentual de intenção de votos registrado na pesquisa anterior, realizada no início de julho. Dilma Rousseff (PT) variou de 38% para 36%, Aécio Neves (PSDB) manteve seus 20% e Eduardo Campos (PSB) oscilou de 9% para 8%. A pergunta veiculada pela revista Veja da última semana está respondida.

8 - Vaias contra Dilma na Copa refletem insatisfação localizada 

O Brasil possui cinco regiões. Mas, das seis cidades-sedes da Copa, três estavam localizadas naquela em que a presidenta é menos popular: o sudeste. Não por acaso, foi sempre no sudeste que parcela da torcida se manifestou contrária à presidenta: Itaquerão (SP), Mineirão (MG) e Maracanã (RJ).  Em números do Datafolha, 28% dos eleitores do sudeste preferem Dilma, enquanto 27%, Aécio e 6%, Campos. No restante do país, a situação é diversa. O extremo oposto é o nordeste, onde 49% dos eleitores têm a intenção de votar em Dilma, 12% em Campos e 10% em Aécio.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Oh, Minas Gerais...


Aécio faz “mais média” com médico cubano. Terceirizado, para ele, só o Parreira

 Autor: Fernando Brito- Tijolaço
parrecio

Aécio Neves afirmou, na “sabatina” da Folha (tome pretensão!) que não vai aceitaras regras do governo cubano para pagamento de profissionais do programa Mais Médicos.
Senador, informe-se mais: o Governo brasileiro não negocia com Cuba a vinda de médicos, mas com a Organização Panamericana de Saúde, uma entidade com sede na Twenty-third Street, N.W., Washington, D.C, Estados Unidos.
É ela quem tem o programa com o governo cubano.
Depois, o programa deu integral prioridade para a contratação de médicos brasileiros, por R$ 10 mil mensais e, infelizmente, não apareceram candidatos para mais que 20% das vagas.
Quando o governador Siqueira Campos (tucano que, aliás, vem de renunciar ao governo de Tocantins para que seu filho possa se candidatar ao cargo, meu Deus!) contratou 200 médicos cubanos para o Estado que nascia, pagava 50% do valor a Cuba, mas numa contratação direta que a Justiça derrubou, depois de alguns meses.
Algumas coisas devem ficar bem claras:
1°) Sem os médicos cubanos não haveria profissionais em quantidade suficiente para levar médicos para mais de 40 milhões de brasileiros que não tinham acesso a médico ou o tinha de forma penosa e precária;
2°) As relações contratuais entre os cubanos, seu governo e a OPAS são problemas deles e todos são livres, no Brasil, para continuarem ou não sob este contrato. Uma meia-dúzia o abandonou e emigrou para os EUA, sem sofrer constrangimento de nossas autoridades;
3°) Ao que parece, Aécio é candidato à Presidência do Brasil, para cuidar do interesses dos brasileiros, não a presidente de Cuba, para cuidar essencialmente dos interesses dos cubanos.
Quanto a contratação intermediada por terceiros, melhor faria o Senador se explicasse porque o governo de seu pupilo Antonio Anastasia, contratou o senhor Carlos Alberto Parreira por intermédio de uma empresa, aliás de um ex-secretário estadual, por R$ 1,2 milhões, para “ajudar cidades mineiras a se candidatarem a receber seleções durante a Copa”.
Se não era lobby, no que não quero crer, era o quê? Palpite? Conselho?
Boquinha boa, não é?
Não sei se o Ministério Público conseguiu o dinheiro de volta, como estava cobrando, depois que Parreira largou a função para ir receber as cartinhas da Dona Lúcia para o Felipão.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A cavalgadura do atraso...

Um bom texto publicado hoje no site do Luís Nassif Online:

O Mais Médicos e a retórica sessentista da oposição

Por Marcus Lima



A novidade é menos moderna que a velharia. Isso me assusta no renovador Aécio. Seja por um discurso que em diversas área, é indigente intelectualmente e faz pão e circo para uma classe média reacionária usando um idealismo digno da época da guerra fria, seja porque há um imenso vazio, um vácuo de qualquer idéia que não seja baseada em exemplos. Vamos aos fatos: 
 
1) O revalida é um dos instrumentos do Conselho Federa de Medicina, usado para manter a reserva de mercado, restringindo o acesso de médicos estrangeiros ao país. Assim como a dificuldade de abrir faculdades de medicina, foi uma ferramenta para artificialmente limitar o número de médicos e aumentar o seu ganho. Aí, existem facoteóides, como se faltassem médicos no interior do Brasil, em locais distantes. Para citar: em Campinas, uma cidade de mais de 1 milhão de habitantes, há 75 km de São Paulo, uma das cidades mais ricas do país, HÁ 68 MÉDICOS DO MAIS MÉDICOS. Enfrentar o revalida foi um acerto, não um erro.
 
2) Como tudo que envolve Cuba, o candidato despreza números, e apela para ideologia. Primeiro, para a idéia de que relações internacionais devem se conduzir dessa forma: esmagando Cuba, ignorando seu sistema e princípios. A frente, se verá o reverso da coragem. Depois, " como financiamos o governo Cubano". Então é assim, importamos médicos somos comunistas por financiarmos o comunismo? FInanciamos o Comunismo Chinês então. Financiamos Guantánamo, afinal importamos I Phones. Enfim, é de novo meter ideologia, e ignorar os números: de novo, os números da saúde cubana e seus indicadores são invejáveis, até para nações desenvolvidas. 
 
3) Ao contrário da coragem contra os fracos, Aécio e mais recentemente, o Armínio Fraga, defendem a fraqueza diante dos fortes. Segundo Aécio, " O Brasil se deixou conduzir por nações com pouco apreço pela democracia". Isso me preocupa, porque grava num é se essas nações são democráticas ou não, ao contrário do que sugere, mas perigoso é o Brasil de deixar conduzir por qualquer nação, ao invés de planejar sua inserção no mundo globalizado de acordo com seus interesses internos. Já Armínio, disse, e, vídeo, que o Brasil tem de deixar de lado a Venezuala, e se atrelar as " locomotivas do mundo". É de novo, uma defesa de subsmissão na política externa, que mistura de forma desonesta indigência intelectual com má fé pura. Primeiro, porque no mundo todo, o que se faz hoje em política externa, é pragmatismo. Ou seja: não é a política externa que deve servir de plataforma para projeção de ideologias e lemas, mas para defesa de seus interesses econômicos. Ou são burros os dois, Aécio e Fraga, ou são mal intencionados: veja os Estados Unidos, bastião da "Democracia" no mundo, e questionem se os EUA deixaram de se relacionar com os membros Árabes da Opep e seus sistemas ditatoriais. Portanto, há uma maldade: querer qualificar como matriz ideológica uma política que é também econômica, de inserção em mercados. Aliás: então isso quer dizer que China e Rússia, uma um país não democrático e outra uma democracia que anda migrando em direão a opressão, devem ser ignoradas? Outro ponto tosco do discuros: quem são essas locomotivas economicas e democráticas a quem vamos nos atrelar?  O principal parceiro comercial brasileiro deste momento do BR é a China, que de democrática num tem nada. As democracias Européias e os EUA andam em crise faz tempo: como vão nos " rebocar"? Enfim, mais um susto: não se menciona, nesse tipo de discurso, nenhum dado concreto, por exemplo, pauta de comério e trocas com os países. 
 
São esses, e mais, os exemplos que me deixam mais assustado. O PSDB tinha Bresser Pereira, Mendonça de Barros, já teve no passado Ciro Gomes. Me assusta o nível de indigência e pobreza intelectual que aingiu o discurso do partido, que agora nada mais é do que um pregação " Nós x o comunismo batendo na porta". Será que o PSDB emburreceu tanto assim?