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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A direita sobe o tom...

No fim de semana o programa Painel da GloboNíus, braço pago da TV dos Irmãos Marinho, sob a batura sempre destra de William Waak, conseguiu a proeza de reunir Reinaldo Azevedo, um sociólogo direitista babante e Bolívar Lamounier, um tucano de alta cepa e atuação. Todo o grupo se esmerou em ataques à esquerda, ao centro, ao centro-direita e a tudo que não comunga com suas ideias quase todas de viés conservador e radical do neoliberalismo. Aliás, eles se consideram "liberais" e todo o resto "anti-liberais". Só por isso dá pra ver como subiram o tom.. 



Mas, como se não bastasse, o Élio Gáspari, jornalista italiano que já é considerado por muitos "o italiano que mais odeia o Brasil", subiu bastante o tom de suas colunas dominicais nos infalíveis O Globo e Folha de S. Paulo e ataca abertamente o governo. 

O trem dessa turma corre sério risco de descarrilhar pela guinada violenta que bem dando aos mais conservadores princípios e a defesa ululante e raivosa dos princípios da Casa Grande ou, como diria o próprio Élio, "do andar de cima"... 

Tá braba a coisa!!!

Ô gente resmungona, sô!!!


Charge do Bessinha


Fonte: Blog Brasil! Brasil! do Nogueira Jr. 


Aí vem o Aécim das Neves, o imrõa da Abndréa e cambelante pretendente tucano a uma vaga na Presidencia da República com seu discurso que o Fernando Brito, do Tijolaço encaçapou de primeira: 


Aécio e seu novo slogan: “Vamos resmungar?”

"Bem se vê porque o marqueteiro de Aécio foi pro espaço.
O mineiro se tornou o cara mais chato do planeta e fala por “declarações” escritas no site do PSDB, que os jornais reproduzem, mansamente.
E sempre resmungando.
A mais nova foi hoje, no texto em que reclama de “não ter direito de resposta” sobre a fala de fim de ano de Dilma.
Diz que a Presidenta vive numa “Ilha da Fantasia”, porque não falou dos problemas do país.
Diz que, entre outros, deveriam ter sido temas da mensagem de Ano Novo “situação das estradas, a crise da segurança e a epidemia do crack que estraçalha vidas”.
Certo, senador, vamos fazer isso.
Vamos falar da situação das estradas, mas as mineiras, administradas pelo Governo do PSDB.
Há, neste momento 107 restrições de tráfego nas rodovias estaduais e mais de 200 outras ocorrências semi-resolvidas. Está na página do DER de Minas, pode conferir.
estatSobre a crise da segurança, basta a gente reproduzir o gráfico dos números do próprio governo mineiro – o que faço aí ao lado, para ver que os crimes violentos em Minas subiram fortemente no último ano. O senador quer conversar sobre isso?
Bem, sobre a epidemia de crack,  o senador também podia discorrer sobre os problemas do uso de drogas, que – bem lembrou o seu colega José Serra – serão um tema da campanha presidencial. Ainda mais agora, com esse episódio do helicóptero do pó, que elas estão sendo transportadas tão refinadamente pelas vias aéreas.
Francamente, senador, esse negócio de fazer análise de cartão de Natal é coisa – o senhor conhece bem a gíria carioca – de “mala sem alça”.
Será que o senhor não vê que não arruma nada assim?
Que fim de ano não é época de lamúrias, mas de esperanças?
O senhor tem alguma coisa de bom para dizer ao povo brasileiro?
Do tipo: “desejo que, em 2014, o Brasil volte a ser o que era até 2002!”
Não seria uma boa?
Afinal de contas, segundo a tucanagem, o povo é bobo de não perceber como era bom o governo FHC
O senhor, que gosta tanto de conversar, vá conversar com algum estudante de publicidade – pode ser do primeiro ano, até – e pergunte como as pessoas reagem à propaganda de negação.
Senão, o senhor vai ficar falando para as tias velhas, ranhetas, essa gente amarga que ficou na beira da estrada, vendo a vida passar.
E aí não fique brabo se a presidenta o chama de “Velho do Restelo”, aquele agourento que amaldiçoava a saída das caravelas portuguesas.
Porque o senhor está ficando tão chato que a Marina Silva deveria mudar de abrigo e ser sua vice."

Aviso de fim de ano...




Aos amigos do Blog: estaremos em recesso de fim de ano até segunda feira, dia 6... 

  Desejamos a todos um Brasil de realizações em 2014 com nossos melhores votos nesta festa da virada... 



E como dizíamos em nossos noticiários de rádio: e poderemos voltar a qualquer momento com novas e importantes informações, caso os fatos o justifiquem.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Isso é que é sensibilidade...


ISSO É QUE É SENSIBILIDADE: 

Tá lá hoje na coluna do Ancelmo Góis no O Globo uma verdadeira pérola da insensibilidade americana e a razão porque os yankees são campeões mundiais de rejeição e ódio: 

Foi mal

No Natal, uma unidade da Força Aérea americana aquartelada no Afeganistão despejou 750 pernis sobre uma região de tribos Pashtun.

Só que muçulmanos não comem carne de porco. Não adiantou os americanos pedirem desculpas. Atentados terroristas têm estragado o fim de ano na base de Kandahar.
Tá lá hoje na coluna do Ancelmo Góis no O Globo uma verdadeira pérola da insensibilidade americana e a razão porque os yankees são campeões mundiais de rejeição e ódio:
 
 
Foi mal

No Natal, uma unidade da Força Aérea americana aquartelada no Afeganistão despejou 750 pernis sobre uma região de tribos Pashtun.

Só que muçulmanos não comem carne de porco. Não adiantou os americanos pedirem desculpas. Atentados terroristas têm estragado o fim de ano na base de Kandahar.

O catastrofismo antes do fim... do ano!!!


 

O jornal "O Globo", carro-chefe das Organizações Irmãos Marinho, tinha mesmo que chegar ao fim do ano alardeando desastres e catastrofismo.. 


Na manchete de seu site, a pérola: 

Bolsa brasileira deve fechar 2013 com o segundo pior desempenho do mundo


Lá dentro, na coluna de Ancelmo Góis vem a outra pérola: 


Apagão no Nordeste

Segundo o consultor Adriano Pires, há risco iminente de apagão no Nordeste, hoje dependente da energia gerada pelas térmicas:

— Por conta de medidas incoerentes de apuração da disponibilidade das usinas, a conta não está fechando, tornando a operação das térmicas insustentável.

Pires diz que o governo quer controlar a inflação às custas das empresas do setor elétrico. É. Pode ser


É por isso que não largam o osso...



O Blog ControVérsia é uma descoberta nova pra nós aqui deste sítio. Pois não é que lá está matéria que mostra bem a quantas anda o Brasil em termos de igualdade...


Apenas 124 pessoas concentram mais de 12% do PIB do Brasil

As 124 pessoas mais ricas do Brasil acumulam um patrimônio equivalente a R$ 544 bilhões, cerca de 12,3% do PIB, o que ajuda a entender porque o país é considerado um dos mais desiguais do mundo.
Estas 124 pessoas integram a última lista de multimilionários divulgada nesta segunda-feira pela revista ‘Forbes’, que inclui todos os brasileiros cuja fortuna supera R$ 1 bilhão. 

O investidor chefe do fundo 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, que acaba de adquirir a fabricante de ketchup Heinz e é um grande acionista da cervejaria AB InBev e do Burger King, ficou com o primeiro lugar.
A fortuna de Lemann, de 74 anos, chega a R$ 38,24 bilhões, enquanto o segundo da lista, Joseph Safra, empresário de origem libanesa e dono do banco Safra, tem ativos de R$ 33,9 bilhões. 

A maioria das fortunas corresponde a membros de famílias que dominam as grandes empresas de setores como mídia, bancos, construção e alimentação.

Entre os 124 multimilionários brasileiros apenas o cofundador de Facebook, Eduardo Saverin, constituiu seu patrimônio por meio da internet. 

O empresário Eike Batista, que chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo e perdeu parte de sua fortuna pela vertiginosa queda do valor das ações de sua companhia petrolífera OGX e do resto das empresas de seu conglomerado EBX, ficou em 52º lugar na lista. 

A grande fortuna concentrada por estes milionários comprova a veracidade dos indicadores oficiais que classificam o Brasil como um dos países com maiores disparidades entre ricos e pobres. 

O índice de Gini do país foi de 0,501 pontos em 2011, em uma escala de zero a um, na qual os valores mais altos mostram uma disparidade mais profunda entre ricos e pobres. 

Cerca de 41,5% das rendas trabalhistas se concentram nas mãos de 10% dos mais ricos, segundo dados do censo de 2010, enquanto metade da população vivia, nesse ano, com uma renda per capita mensal de menos de R$ 375. 

Fonte: http://www.controversia.com.br/blog/apenas-124-pessoas-concentram-mais-de-12-do-pib-do-brasil/
Revista Exame

Estava demorando...



Durante todo o período em que os ativistas do Greenpeace estiveram presos na Rússia por atacarem um navio de exploração polar daquele país, a brasileira Ana Paula Maciel pousou de "vítima" e "coitadinha" atacada pela "maldade desses russos sem coração". Agora, começa a vir à tona a real face da moçoila e da organização internacional a que pertence. Pelo andar da carruagem eles não demoram a atazanar a vida dos brasileiros sugerindo que vivamos na eterna miséria dependendo dos países ricos que pedem "Free Ana Paula" e que o petróleo brasileiro fique eternamente debaixo da terra... Gente morrendo de fome e miséria não interessa para eles, desde que seus bichinhos de estimação estejam gordos e felizes..
"Cuidado com a Ana Paula [do Greenpeace]. Ela é contra o pré-sal" - http://www.brasil247.com/pt/247/rs247/125391/Cuidado-com-a-Ana-Paula-Ela-%C3%A9-contra-o-pr%C3%A9-sal.htm
A ativista brasileira do Greenpeace, Ana Paula Maciel, que ficou presa na Rússia por cem dias, por participar de um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, também se diz contrária à exploração do pré-sal no Brasil; segundo ela, "é muito profundo, desnecessário" e coloca em risco parques marítimos como Abrolhos e Fernando de Noronha; ela também critica as empresas chinesas que fazem parte do consórcio que fará a extração do óleo; discurso alarmista desconsidera avanços da tecnologia e da engenharia do petróleo, além de não levar em conta os dividendos de investimentos para saúde e educação que serão gerados pelo pré-sal

O X-Box de "4 paus"...

O Eduardo Guimarães do Blog "Cidadania" desabafou hoje em sua página no Facebook. E é um desabafo cheio de razão... 


Você passou o Natal no Brasil? São Paulo, por exemplo, está vazia - parece uma cidade fantasma. Todo mundo viajando após se esfalfar nas ruas de comércio e shoppings para TORRAR dinheiro em bugigangas.
Um desses panacas terminou assim um comentário no blog em que falava de quão ruim foi o Natal dos brasileiros - como se gastar dinheiro fizesse essa data ser boa, quando o que a torna boa é a comunhão familiar, entre amigos etc.: "Agora, com licença que vou comprar um X-Box de 4 paus pro meu filho".

Será que existe mesmo gente tapada ao ponto de acreditar que mais um Natal de gastança desenfreada foi passado a pão e água pelos brasileiros?

Pior mesmo foi a colunista de jornal que escreveu um texto sob o pretexto do "pior Natal" só para se gabar de que faz compras em Miami. Em uma época em que até o porteiro do prédio dela pode fazer tal viagem, a conversinha de novo-rico causa ânsia de vômito.

Há momentos em que ser blogueiro é um ônus. A gente tem que ler esse esgoto e, ainda por cima, comentar. Só porque tem gente que acredita em uma cretina como essa e sai espalhando suas cretinices.

Alguém escrever uma coluna de jornal só para se gabar de que frequenta Miami - e o pior, alguém que trabalha em um jornal que paga salários de fome à maioria de seus empregados - é o fim da picada. O PIG se supera a cada dia.

***

Em seu Blog, diz Eduardo: 

Uma Bolsa-Dondoca para a madame, por favor




Enquanto Lula e Dilma se preocupavam com futilidades como tirar dezenas de milhões de brasileiros da pobreza extrema, em implantar o virtual pleno emprego no país, em fazer a renda média do trabalhador bater recordes sucessivos de crescimento, em levar médicos a regiões em que muitos nunca foram atendidos por tais profissionais durante toda uma vida, aqueles que realmente importam neste país foram deixados à míngua.

A crueldade da ditadura lulopetista, porém, ultrapassou todos os limites com o recente aumento do IOF sobre os gastos dos turistas brasileiros no exterior. Esse governo sádico acaba de impor mais uma sevícia a essa pobre classe social rica que, lá se vai mais de uma década, vem sendo submetida a torturas cada vez mais diabólicas e que agora, para completar, nem pode mais buscar refúgio consumista em Miami.

Para se refazer das agruras nacionais, as madames e os doutores podiam ir obter suas bolsas Prada, seus X-Box ou mesmo um mísero burgundy Henri Jayer de 16 mil dólares em condições monetárias minimamente aceitáveis. Agora, no entanto, graças à perversidade de Dilma Rousseff tais condições ficaram insuportáveis.

É um crime de lesa-pátria, se não de lesa-humanidade. Só porque uma classe social que tem tanto do que reclamar – não é mesmo? – torrou vinte bilhõezinhos de dólares em compras de bugigangas no exterior, chegando a desequilibrar as contas externas do país, a imperadora vermelha baixou uma carga desumana de impostos sobre quem produz.

E o que é pior: para torrar tudo em programas sociais para uma gentinha que não faz a menor ideia do que são esses itens tão essenciais a qualquer pessoa com um mínimo de bom gosto.

Mas eis que surge uma heroína, fidedigna defensora dos pobres e oprimidos ricaços. Essa verdadeira Joana D’Arc dos Jardins e do Leblon tem nome e profissão. Eliane Cantanhêde, uma simples colunista de jornal, levantou seu brado retumbante contra a iniquidade lulodilmista.

Quem não leu o grito de indignação contra a crueldade rubra da presidente da República agora pode conhecer esse documento histórico que se ombreia à Declaração francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão – muito mais chique do que as declarações de direitos humanos sucedâneas.

O post, claro, prossegue em seguida, logo que o leitor tiver ingerido um copo d’água para arrefecer a emoção.

——
Eliane Cantanhêde

Presente de grego no Natal

BRASÍLIA – Os viajantes brasileiros deixaram (deixamos) mais de US$ 20 bilhões no exterior neste ano. No fim das contas vai dar umas cinco vezes mais do que a compra de caças suecos para renovar a frota da FAB, a serem pagos durante décadas.

Em vez de aquecer a economia do Brasil, estamos movimentando o comércio e gerando empregos nos países alheios, sobretudo nos ricos. Miami passou a ser o principal destino da brasileirada, que volta com malas gigantescas abarrotadas de peças de grife e todo tipo de bugiganga.

Na versão cor de rosa do governo, tudo isso é resultado do sucesso: o país está bombando, e os brasileiros estão cheios de amor para dar e com montanhas de dinheiro para viajar e gastar. Mas a realidade é outra e tem um nome: preço. Os preços no Brasil estão pela hora da morte.

Numa tarde em Miami, sentei para tomar um café e me senti em casa, mas a minha casa é aqui. À mesa da direita, paulistas; à da esquerda, nordestinos. E havia três moças de Minas. Todos cheios de sacolas.
Na volta, fiquei vagando duas horas num shopping em São Paulo à procura de lembrancinhas de Natal e tudo o que comprei foram dois lencinhos de seda, só para não sair de mãos abanando. Ah! E gastei R$ 60 de estacionamento num único dia.

Os produtos nacionais viraram artigo de luxo, os importados custam três vezes mais que nos EUA. Nem as feiras e o comércio popular escapam. Imagine a aflição da maioria de trabalhadores ao procurar brinquedos, tênis e roupas para os filhos.

Não foi nenhuma surpresa saber que o comércio teve seu pior Natal em 11 anos. A surpresa ficou por conta da reação desvairada do governo: em vez de se preocupar e se ocupar com os preços internos abusivos, aumentou o IOF e penalizou os cartões de débito em moeda estrangeira. Falta pão? Suprimam-se os brioches.

Se o brasileiro ficar, o bicho preço come; se correr, o bicho imposto pega. Obrigada, presidente Dilma, pelo presente de grego no Natal.
—–

Essa classe que afirma, pela pena da colunista revolucionária, que não pode pagar os preços extorsivos do Brasil – e que, como mostra essa colunista, já não encontra por aqui os itens que lhe apeteçam o paladar consumista –, diante de tanta carestia teve que recorrer aos aeroportos que a ditadura petralha encheu de “paraíbas” e “baianos”.

Com tantos brasileiros vivendo nessas condições degradantes na ponte aérea Cumbica/Galeão-Miami, a presidente da República vai à televisão e ainda tem a petulância de reclamar do que fazem a colunista e seus coleguinhas ao alardear racionamentos de energia que teimam em não dar as caras, crises inflacionárias que não se materializam, surtos de desemprego que ninguém vê.

Aquela que um site dito “de homens bons” chama de “búlgara escarlate” bem que poderia, em seu pronunciamento do último domingo, ter anunciado um programa social para madames como a tal colunista. Uma espécie de Bolsa-Dondoca. Uns mil dólares mensais para cada membro da família. Para sacar o benefício bastaria procurar as boas casas de câmbio dos shoppings e dos aeroportos. 

Com câmbio subsidiado, claro.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Quem disse foi o Jânio... o da Folha!

Está lá na coluna de Jânio de Freitas na Folha de S. Paulo, a Faia do Otavinho, deste domingo, 29 de dezembro: 


Janio de freitas



CAUSA PRÓPRIA

Enquanto os honrados do PSDB bloqueiam as investigações de seus feitos contra os cofres públicos de São Paulo, o líder de sua bancada na Câmara, deputado Carlos Sampaio, se ocupa com incriminações também do governo ou do PT. Sua ideia mais recente é uma ação contra Dilma Rousseff, na Justiça Eleitoral, por mandar cartões de Boas Festas aos funcionários. Sampaio, promotor de origem, considera que os cartões são abuso de poder, com finalidade eleitoral.
Então Dilma faz campanha desde o primeiro ano de governo. E Carlos Sampaio, para ser coerente, terá de processar muitos ministros, governadores e secretários de governo, inclusive do PSDB. Mas tem alternativa a esse trabalhão: é ser um pouco mais sério e menos ridículo, já que está pensando na sua própria reeleição.

Nota do Blog: Carlos Sempaio é aquele deputado tucano que por demagogia finge que não tem dinheiro para comprar aparelho de barba...

A ilustração e nova "Jane"...

O Blog "Tijolaço" publicou matéria do "Diário do Centro do Mundo" com uma ilustração primorosa que vale a pena ser vista:

marina
Legenda: Em artigo publicado na Folha, Marina Silva une-se aos próceres da direita midiática em suas orações para ver o circo pegar fogo no ano que vem. Paulo Nogueira (http://www.diariodocentrodomundo.com.br/marina-vai-ter-que-fazer-mais-que-torcer-por-novos-protestos-em-2014/)    analisa este desejo da ambientalista, mas conclui que ela terá que fazer mais do que torcer por quebra-quebra nas grandes cidades. Terá de ter um discurso contra a desigualdade econômica, que é de longe ainda o principal problema social no país.

Este é o texto de Paulo Nogueira: 

Marina vai ter que fazer mais que torcer por novos protestos em 2014
          Por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo.
 Em seu comentado artigo de ontem na Folha, Marina deixou claro qual é sua grande arma e grande esperança para 2014: os protestos.
É compreensível.

O único nome na política que saiu intacto nas chamadas Jornadas de Junho foi o dela.

Para muita gente, em geral desavisada, Marina simbolizou, naqueles dias, um “jeito diferente” de fazer política.

Nas pesquisas, o favoritismo absoluto de Dilma pareceu ameaçado. Sua popularidade desabou. Num triunfo da esperança, a oposição achou que Dilma poderia estar acabada como candidata a um segundo mandato, ou alguma coisa próxima disso.

Marina cresceu em tais circunstâncias. Mais tarde, o fracasso em legalizar seu partido e o casamento de conveniência com Eduardo Campos tiraram boa parte do brilho e do ímpeto conquistado por Marina nas manifestações.

No eleitorado progressista, Marina se desgastou também ao repetir um chavão dos conservadores – o risco de “chavismo” no Brasil.

E Dilma, ao mesmo tempo, foi se recuperando. Hoje, passados alguns meses, e com o impacto positivo de ações sociais como o programa Mais Médicos, Dilma recuperou o amplo favoritismo.

Na maior parte das pesquisas, ela ganha com uma certa facilidade. Parecem grandes as chances de vitória no primeiro turno, nas circunstâncias atuais.

Mas e se houver uma nova rodada de protestos? A disputa fica aberta de novo? Marina vira uma candidata forte a ponto de Campos ser obrigado a ceder a ela a cabeça de chapa no PSB?

Bem, ao contrário do que Marina mostrou desejar em seu artigo, dificilmente o quadro se repetirá.

Primeiro, o fator surpresa não existirá mais. Segundo, com a confusão programática e pragmática da aliança com Campos, a aura de “diferente” de Marina perdeu muito.

Terceiro, os reais articuladores das manifestações – os jovens do Passe Livre – aprenderam uma lição prática.

Os protestos, na sua origem, tinham uma clara aura de reivindicações sociais. O que estava sendo dito nas ruas é que a sociedade queria menos pobreza, menos desigualdade, menos violência contra os índios, menos concessões aos conservadores em nome da “governabilidade”.

Depois, com a ajuda entusiasmada da mídia, houve uma manipulação. Malandramente, tentou-se dar à manifestações um caráter – falso – de cansaço da “corrupção”.

Foi quando a Veja colocou em suas páginas amarelas um celerado carioca que era “o rosto que emergiu das ruas”, pausa para rir. Pouco tempo depois, sem a ajuda da esquerda jovem, o “líder” da Veja reuniu dez pessoas num protesto que ele convocou como se fosse Danton.

Os garotos do PL perceberam a usurpação que se quis fazer nos protestos, e se recolheram. O resultado é que as manifestações imediatamente começaram a minguar. Perderam seu motor.

Dilma parece ter compreendido a mensagem das ruas. A firmeza com que enfrentou a resistência retrógrada no Mais Médicos foi um sinal disso.

Acelerar ações sociais em curso e promover novas é a melhor forma de prevenir manifestações. No Brasil, como de resto em quase todo o mundo, o alvo delas é a desigualdade social.

Marina vai ter que fazer mais, caso queira ter relevância em 2014, que torcer por novas Jornadas de Junho.

Ela vai ter que mostrar que tem planos reais para reduzir a iniquidade brasileira.

Até aqui, ela falou não mostrou nada neste que é o maior desafio nacional, embora tenha falado muito.

Jornal pauta o Supremo...

Comentário em postagem no Luís Nassif Online ontem:



Supremo cedeu a pressões da mídia no caso mensalão

FABIO ANDRIGHETTO - da Livraria da Folha

As pressões da mídia comprometeram as decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), segundo o jurista Luiz Flávio Gomes, autor de "Populismo Penal Midiático". "O jornalista não deve deixar de informar", disse em entrevista. "O que o jornalismo não pode é valorar".

O populismo penal midiático não surgiu ontem. A história do jornalismo tem muitos casos em que uma notícia se transformou em caça às bruxas ou em pressão popular para a mudança de legislação. Normalmente, isso acontecia com crimes de rua.

Na ação penal 470, nomenclatura jurídica do processo conhecido como mensalão, os brasileiros testemunharam o surgimento do que Gomes chama de populismo disruptivo, que apaga a linha entre pobres e poderosos e é praticado na Europa e nos EUA desde o fim do século 20.

Qual é o problema disso? Nem sempre as sentenças são justas e o desejo por leis mais rígidas e penas maiores não reduz a criminalidade. Soluções assim servem apenas para refrear temporariamente o ânimo popular. Legislar não implica necessariamente que a investigação seja adequada ou que a aplicação da lei seja correta.
   
"Esse populismo penal é enganoso", disse o jurista. "Ele não resolve o problema da criminalidade, que só aumentou no Brasil. Todos os crimes aumentaram no Brasil".

sábado, 28 de dezembro de 2013

Ironia pouca é bobagem...

Do Stanley Burburinho: 

População de São Paulo fugindo da "crise" em direção às praias. /Dica @ivaldodonato
 
 
População de São Paulo fugindo da "crise" em direção às praias. /Dica @ivaldodonato




































Como sempre, na página dele no Facebook...

Meu Deus...que exemplo!!!

Li e não posso deixar de postar aqui essa matéria do Portal Brasil 247 que mostra a quantas anda o Programa Mais Médicos e seus "escravos" cubanos...

É de impressionar e nos deixar tocados pelo senso de humanidade de gente tão boa: 


Por Vera Paoloni, especial para o 247

Melgaço, no Marajó.Pará, tem o pior IDH - Índice de Desenvolvimento Humano do país, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgado no final de julho. São 24 mil habitantes, dos quais 12 mil não sabem ler e nem escrever, apenas 681 pessoas frequentam o ensino médio, saneamento é zero, saúde é rarefeita e  internet só de vez em quando e apenas por celular. O melhor de Melgaço é o povo, as pessoas, atestam Maribel, Oyainis e Maribel as três médicas e o médico cubano Orlando que estão morando e trabalhando no município marajoara desde 21 de setembro, há pouco mais de 3 meses. Eles integram o programa audacioso e certeiro "Mais Médicos", que leva assistência e médicos a municípios carentes e vulneráveis. Ponto para o Ministério da Saúde e para a presidenta Dilma Rousseff. 

Se o povo é o melhor de Melgaço, o pior é a água. Ribeirinho, Melgaço não tem água tratada e nem saneamento básico. Isso gera micoses e contaminações genitais. Há gravidez muito precoce e um índice alarmante de hipertensão que atinge muitos jovens, resume o quarteto médico cubano que atende 24 pessoas, no mínimo, todo dia em Melgaço, de segunda a sexta. Com a consulta média de 30 minutos, salvo situações mais complicadas e que exigem mais tempo. Em todas as consultas, a medicina preventiva em ação: tratar a água com hipoclorito de sódio, ferver a água, só pra citar um exemplo.

Pobreza e generosidade - Quase a metade, 48% da população de Melgaço é pobre, aponta o Mapa da Pobreza do IBGE publicado em 2003 Grande parte da população do campo tem remuneração de R$ 71,50, fazendo com que as famílias na zona rural sobrevivam, em média, com R$ 662 por mês - menos que um salário mínimo. As distâncias são grandes e se leva até 15 dias pra cruzar o espaço de mais de 6 mil quilômetros. Com toda toda essa adversidade, o povo de Melgaço é acolhedor e generoso, garantem as médicas e o médico cubanos.

Rendimentos compartilhados 

Afinal, o que vocês ganham de salário fica com vocês ou vai pra família, indago? "Parte fica conosco, parte vai para nossas famílias e outra parte vai para o nosso governo, para ajudar o nosso povo cubano", me diz Maribel Hernandez. "Mas o que ficamos é suficiente para nos manter, para lazer. A prefeitura de Melgaço paga nosso alojamento e esse é muito bom: tem um quarto para cada um de nós, com banheiro, cama, ar condicionando. Temos mais que suficiente", fala Maribel Saborit.

Nem açaí e nem farinha 

Como a jornada de trabalho em Melgaço é de 40 horas semanais, igual a Cuba, pergunto o que fazem no final de semana pra driblar a saudade de casa, já que as famílias ficaram em Cuba. "Lavamos e passamos nossas roupas, limpamos nossos quartos, lemos, entramos na internet pra passar correio eletrônico, descansamos". E Orlando informa que em julho vão de férias a Cuba.

Nove anos de estudo 

Nem a imensidão de água da baía do Marajó, o calor ou as travessias de barco até as comunidades assustam o quarteto médico cubano. Os quatro trabalharam em missões humanitárias na Venezuela e na Bolívia. Estudaram os nove anos da formação de medicina cubana: 6 da medicina geral e mais 3 da medicina integral, algo semelhante à residência médica brasileira, em que a especialização é feita juntamente com trabalho prático. E os quatro trabalhavam em Cuba. Maribel Saboritnoite, em Belém. Na capital, fizeram um treinamento na área de saúde e retornam segunda-feira 23, bem no período de recesso natalino. 

De Melgaço a Breves, uma hora de barco e de Breves a Belém, mais 14 horas. Ao todo 15 horas pra chegar em Belém, atravessando a baía do Marajó.  Maribel Saborit, Oyainis Santos, Orlando Penha e Maribel Hernandez, médicas e médico cubanos se conheceram não em Cuba, país em que nasceram, estudaram, se formaram, casaram, tiveram filhos e trabalharam. Foi em solo brasileiro, em Brasília, que os quatro se encontraram pela primeira vez, em agosto. Agora trabalham em Melgaço e lá ficarão por 3 anos.

Maribel Saborit tem 21 anos de profissão. Maribel Hernanez, 19 anos. Oyanis, 8 anos e Orlando, 22 anos. Cuba orientou como critério de participação  no programa Mais Médicos, o mínimo de uma missão humanitária.Orando esteve no Paquistão e Venezuela. Oyainis, na Venezuela. Maribel Saborit e Maribel Hernandez, na Venezuela e Bolívia. Além dos 9 anos de estudo, atuação em uma missão humanitária por 3 anos.

Um médico em casa? 

Embora o quarteto fale num bem compreensível portunhol, indago se não falarem bem o português fez com que algum paciente deixasse de entendê-los. "De jeito nenhum diz Oyainis. A gente olha pra eles, conversa e se entende. Fazemos um amplo interrogatório, anotamos, fazemos exames físicos completos". E Maribel Saborit completa: "o povo é muito acolhedor, generoso e agradecido. Fomos a uma comunidade ribeirinha, fizemos travessia de barco e na casa de um senhor diabético de 86 anos ouvimos, depois do exame: 4 médicos aqui, quatro médicos me visitando em casa, meu Deus posso morrer feliz. Nunca tinha visto um médico"!

Sem essa de dr, dra 

Fico surpresa quando me dizem que se apresentam aos pacientes como Maribel, Oyainis, Orlando. Assim, sem dr., dra, termos que aqui no Brasil são acrescidos à profissão de médicos. Maribel Saborit ri e me diz: "por que dr., dra? Somos iguais, só tivemos mais chance de estudar, ter uma graduação. Mas nossa identidade é a mesma de quando nascemos".

Os quatro me contam que Belém e Melgaço são "mais quente que Cuba", mas isso não atrapalha. Gostam da comida à base de peixe, frango, carne, arroz, feijão. Só açaí e farinha não faz parte do cardápio deles. "Muito forte o açaí" diz Maribel Saborit sorridente. Eu afianço a elas e ele que não sabem o que estão perdendo. E rimos todos.

Internet, problemão 

 O contato com a família é via e-mail, pois falar pelo celular é muito caro. Cada um tem um tablet 3G, que faz parte dos equipamentos do Mais Médicos. E eles compraram um pacote basicão da Vivo, "mas os créditos somem muito rápido", se queixam. Como falar por telefone é caro demais, sobra conversar por e-mail na internet do celular.

Eu digo a elas e ele que quem mora e luta na Amazônia quando vara uma notícia pro mundo, rompe o cordão sanitário do isolamento em que nos encontramos. O acesso à internet poderia ser uma forma de ajudar a romper esse cordão, mas temos o pior acesso de todas as cinco regiões do país e no Marajó, o pior acesso do Pará. Estamos ilhados, portanto.

Oyanis completa: "a saúde em Cuba precisa da ajuda de todos nós, porque o país sofre um embargo econômico que é muito doloroso para nossa gente. Então, a ajuda precisa vir de nós, cubanos e de nossos aliados".

Faz parte da nossa formação retribuir 

A conversa vai chegando ao fim, pois há várias pessoas chamando o quarteto médico cubano e querendo tirar fotos, indagar, conversar, rir junto. E eu faço a última inquirição: o que fez vocês saírem de Cuba e vir pra Melgaço? E Maribel Saborit diz": olha, faz parte da nossa formação ajudar países e pessoas mais necessitadas com nosso conhecimento que foi dado de forma coletiva e gratuita. Só estamos retribuindo".

Encerramos a conversa e eu fico matutando que grandeza é essa de Cuba e do seu povo que tanto tem a nos ensinar! Se eu conheço quantos médicos do meu país que fariam algo semelhante aqui mesmo. Em janeiro vou a Melgaço numa caravana formativa da Fetagri/CUT no Marajó. Quero rever meu novo quarteto camarada e amigo e conversar com o povo atendido pelas médicas e pelo médico cubanos. (V.P)

E só finalizando mesmo: fizemos uma pequena homenagem às 3 médicas cubanas e ao médicos cubano ontem à noite na formatura de encerramento do curso de Formação de Formadores promovido pela Escola Chico Mendes da Amazônia e da qual participamos 46 pessoas, de todas as CUTs da Amazônia.

* Vera Paoloni é bancária, jornalista e secretária de comunicação da CUT/Pará

Essa doeu....

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Veio lá do Facebook...

Ô trem bão, sô!!!....




Sou do tempo da Maria Fumaça que nos obrigava, quando andávamos nos trens da saudosa Rede Mineira de Viação, a usar capas e proteção contra fagulhas e fuligem...

Mas, hoje, esse negócio de trem - literalmente falando e não na generalização de nós mineiros - parece ser a coisa mais espetacular do mundo... para os tucanos, é claro. 

Veja só o que diz o Miguel do Rosário em matéria de hoje no "Tijolaço":


Suíça enviará ao Brasil documentos comprovando propinoduto tucano


trensalao
Tucano é um bicho feliz.  Desde 2009 que se sabe da propina de 1 milhão de dólares recebida por Robson Marinho, conselheiro no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, para aprovar os contratos da Alstom. Mesmo assim, ele continou firme e forte em seu cargo, sem ser muito incomodado pela imprensa nem pelo Ministério Público.
Trecho de matéria publicada na Rede Brasil Atual, em agosto deste ano:
Em agosto de 2009, a juíza Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da capital paulista, determinou o sequestro de bens do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, incluindo US$ 1 milhão depositado em contas na Suíça, segundo o Ministério Público paulista. O motivo foi a acusação de recebimento de propina da empresa francesa Alstom por contratos com o Metrô. Marinho negou, mas o MP viu motivos robustos para prosseguir na investigação, que corre em sigilo.
Mas parece que este trensalão da alegria, que já rodou muito, pode estar chegando a sua última estação. E não é com “domínio de fato”, nem com provas do tipo: “a literatura assim me permite”, nem com ilações vagas. É documento, prova física, incontestável.
Segundo reportagem da Istoé deste final de semana, chegarão ao Brasil, nas próximas semanas, documentos suíços comprobatórios da participação de Marinho e outros tucanos graúdos, como Jorge Fagali Neto, nos esquemas de corrupção e cartel no sistema de trens de São Paulo.
Leia abaixo a íntegra da matéria publicada na edição da Istoé desta semana:
*
Arquivo Alstom
Chegam ao Brasil documentos da Suíça sobre o esquema de corrupção que originou o escândalo do Metrô paulista. São provas de que políticos do PSDB receberam propina da multinacional francesa em troca de contratos na área de energia
Pedro Marcondes de Moura, na Istoé.
O PSDB paulista começará 2014 da mesma forma que terminou 2013: enrolado em um escândalo de corrupção. De acordo com promotores e procuradores ouvidos por ISTOÉ, em fevereiro está prevista a chegada ao Brasil de uma leva de documentos até então em posse de autoridades suíças. Eles comprovam, segundo os investigadores, o pagamento de propina pela multinacional francesa Alstom para obtenção de contratos com estatais da área de energia. A papelada inclui registros bancários e movimentações financeiras feitas no país europeu por suspeitos de se beneficiarem do esquema, como Robson Marinho, chefe da Casa Civil durante o governo Covas, e Jorge Fagali Neto, ex-diretor dos Correios do governo Fernando Henrique Cardoso. Até agora, dez pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal. Entre elas está o tucano Andrea Matarazzo, secretário estadual de José Serra e Mário Covas. O Ministério Público paulista e o Ministério Público Federal esperam a nova leva de documentos há três anos. Em agosto, quando estavam em vias de ser enviados, Robson Marinho e Fagali Neto ingressaram na Justiça suíça para impedir que as informações sobre suas contas chegassem às mãos dos responsáveis por investigar o caso no Brasil. Recentemente, no entanto, o pedido foi negado. Agora só falta a autorização do juiz do Tribunal Penal de Bellinzona, na Suíça, para que os papéis desembarquem no País.

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Marinho foi alçado por Covas ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). No exercício da função, teria julgado regulares contratos da Alstom em troca de suborno. Além de viajar com despesas pagas, Marinho recebeu, de acordo com promotores, US$ 1 milhão em propina em uma conta na Suíça, bloqueada pela Justiça. Seu patrimônio é extenso – inclui até uma ilha em Paraty, no Rio de Janeiro. Em uma leva de documentos já enviada, as suas iniciais (RM) aparecem em um memorando da Alstom que identifica os benefi-ciários da propina. Os indícios de seu envolvimento chamam a atenção. Em um trecho do documento em francês, RM aparece como “ex secretaire du governeur” ou ex-secretário do governador. Já outro diz que o dinheiro é destinado ao “le tribunal de comptes”, Tribunal de Contas.


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(Acusado: O conselheiro do Tribunal de Contas Robson Marinho é investigado por receber propina para aprovar contratos)


O desembarque dos documentos deve complicar também a situação de Jorge Fagali Neto. Ex-secretário de Transportes e diretor dos Correios na gestão FHC, ele é acusado de usar o seu trânsito no tucanato para favorecer a Alstom. Para tanto, recebeu da empresa cerca de 7,5 milhões de euros, no banco Safdié, na Suíça. O dinheiro, que está bloqueado, veio de outra conta no país: a Marília, aberta sob o número 18.626 no Multi Commercial Bank, atual Leumi Private Bank. Como ISTOÉ mostrou, ela foi usada para abastecer o esquema. Pelo envolvimento com a máfia do setor elétrico, Fagali foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, entre outros crimes. As informações suíças devem dar mais subsídios às acusações. Irmão do ex-presidente do Metrô na gestão Serra, Fagali é alvo de suspeitas de ter operado também na área de transporte sobre trilhos com a Alstom e também com a multinacional Siemens. E-mails entregues por uma ex-secretária dele ao MP mostram sua proximidade com lobistas, servidores paulistas, políticos e empresas envolvidas no esquema disseminado nas sucessivas gestões do PSDB.