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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Haja óleo de peroba!!!...

Um dos mais tradicionais produtos de limpeza no País, o "óleo de peroba" tem entre suas funções bem conhecidas a de "lustrar cara de pau", como se diz aqui pelos interiores das Geraes...

E por falar em cara de pau, não é que o cambaleante Aécim diz "não saber" do mensalão do PSDB mineiro???








O senador Aécio Neves , presidente nacional do PSDB e virtual candidato à Presidência da República, criticou a sensação de impunidade existente no País e disse ter poucas informações sobre o mensalão tucano, cujo julgamento tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Aécio fez as declarações hoje (30), em seminário promovido pela revista Exame, em São Paulo...



Vai ser cara de pau assim lá em Ipanema, sô!!!

Divulga, Dilma!!!

Saiu na Agência Brasil e pouca gente viu... 




Pnad mostra que Brasil cresceu em ritmo chinês, diz ministro Marcelo Neri O secretário de Assuntos Estratégicos atribuiu o avanço registrado pela Pnad ao forte crescimento do mercado de trabalho

Agência Brasil



Rio de Janeiro – Os números divulgados nesta sexta-feira (27/9) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referentes ao ano passado, mostram que existem dois Brasis: um que gerou Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9%, apelidado de “pibinho”, e outro, mostrado pela pesquisa, que revelou crescimento de 8% na renda média dos trabalhadores, "um desempenho de nível chinês". A análise foi feita secretário de Assuntos Estratégicos, ministro Marcelo Neri, que também acumula a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“A Pnad 2012 surpreende muito, porque foi o ano do 'pibinho' – o PIB cresceu 0,9%, mas a renda média dos brasileiros cresceu 8,9%. Ou seja, uma diferença de 8 pontos percentuais. O Brasil dos economistas está indo muito pior que o Brasil dos brasileiros. A desigualdade deu uma estabilizada [descendente] em 2012, mas, com certeza, a pobreza teve uma queda espetacular por conta do crescimento", afirmou Neri.

Segundo o ministro, em todos os extratos da população, a renda aumentou bastante, "em ritmo chinês", e "isso está em completa dissonância com os dados das contas nacionais do PIB”.



Marcelo Neri atribuiu o avanço registrado pela Pnad ao forte crescimento do mercado de trabalho, principalmente pelo aumento do salário e não tanto pelo crescimento na ocupação, pois o país está vivendo quase um momento de pleno emprego. “Houve uma melhora em termos de formalidade e mais acesso a direitos trabalhistas. Fundamentalmente, é uma economia em que o mercado de trabalho está descolado do crescimento do PIB. São dois Brasis completamente diferentes.”

Outros fatores que contribuíram para o bom momento da economia brasileira demonstrado na Pnad foram a melhor distribuição de renda e os ganhos reais do salário mínimo, destacou o ministro, que apontou nova queda na desigualdade: “de 2003 até 2011, tivemos um crescimento da renda na Pnad de 40,5% no acumulado. E o PIB per capita cresceu 27,7% nesse período.”

O ministro Marcelo Neri falou com a imprensa durante o 13º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, promovido pela secretaria, em parceria com o Ministério da Defesa. O evento foi na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

Dois partidos, duas medidas...

Está lá na rede...




A isso se chama tratamento "isonômico" na visão tucana...

Um dedim de prosa, senador???

Está circulando na rede uma coluna do Renato Rovai que merece ser lida: Ei-la: 


Vamos conversar?



Renato Rovai

Caro senador Aécio Neves, imagino que o senhor não conheça este escriba e talvez nem a Revista Fórum, apesar de a revista já circular há 12 anos e de eu ter lhe encontrado recentemente no Aeroporto de Congonhas. Sentamos frente a frente no saguão e vossa excelência me olhou umas quatro ou cinco vezes de soslaio. Eu fiz de conta que não percebia e me mantive concentrado no tablet. Depois pegamos o mesmo ônibus que nos levou ao avião. Íamos para o Rio de Janeiro. Aliás, parece que vossa excelência gosta muito da capital carioca. Eu também sou fã. E se tivesse as mesmas condições econômicas que o senhor não resistiria a viver boa parte do meu tempo por lá. Mas o que me motiva a escrever este post não é o Rio. E outra coisa.

Assisti a uma recente inserção de TV do seu partido e vi que vossa excelência está aberta ao diálogo. Diz algo assim: “Sou Aécio Neves, vamos conversar”. Achei ótima a iniciativa. E por este simples blogue, lhe digo: “Sou o Renato Rovai e aceito o convite”. Quero conversar com vossa excelência.

E aproveito para lhe dizer que irei lhe enviar oficialmente essa solicitação de conversa. Acho que vou falar em entrevista, porque talvez a sua assessoria não entenda o espírito da coisa. Mas que fique claro, será um bate-papo. Aliás, um papo reto (o senhor tem usado este termo) transmitido pela web. No qual farei algumas perguntas sobre temas que me parecem muito importantes. Na sequência, seguem alguns temas das perguntas. Ah, claro, vou abrir para os internautas poderem falar com o senhor. É assim que funciona na lógica do papo reto. As pessoas não ficam com esse lenga-lenga do script televisivo, onde tudo é meio que combinado antes. Por isso não posso lhe garantir que tratarei apenas dos temas abaixo. Mas, confio no seu espírito democrático. E na sua boa intenção e sinceridade ao nos convidar para conversar. E fazer um papo reto.

PAUTAS PARA A CONVERSA.

- As privatizações no governo Fernando Henrique e o custo delas para o Brasil

- O mensalão tucano

- Supostos desvios de recursos da saúde no governo de Minas Gerais

- A investigação do cartel do metrô no governo de SP

- Os motivos que levaram o PSDB a ser contra o Bolsa Família no início do governo Lula

- Por que o PSDB é contra o Mais Médicos

- O silêncio da mídia mineira em relação ao governo de Minas, denunciado como censura econômica por vários jornalistas e movimentos sociais.

- Os motivos que lhe levaram a rejeitar a usar o bafômetro numa blitz no Rio de Janeiro.

- O que o senhor achou daquele texto em espaço editorial, assinado por Mauro Chaves, no jornal O Estado de S. Paulo, cujo título era “Pó parar, governador”.

- Qual a sua real opinião sobre o ex-governador José Serra. É verdade que o senhor e ele têm dossiês impressionantes um contra o outro?

Listei apenas 10 pontos iniciais. Mas como na internet não há limite de tempo, podemos ficar horas conversando. Papo reto, senador. Sem papas na língua. Que tal?

Então, só pra finalizar, vou imitá-lo.

E aí, senador Aécio Neves, vamos conversar?

sábado, 28 de setembro de 2013

A frase




De Mino Carta, na sua "Carta Capital" em artigo intitulado "Uma capa resume tudo" 




Outro injustiçado é José Genoino, que, segundo Veja, gargalha com o voto de Celso de Mello. A malta não sabe que Genoino é um herói brasileiro, esperançoso e iludido até as últimas consequências, acreditou que o Araguaia seria a Sierra Maestra brasileira, e, ao lado de 80 companheiros, lutou contra 10 mil soldados da ditadura. Torturado brutalmente, ressurgido das cinzas, ainda espera que o Brasil deixe de ser o país da casa-grande e da senzala. Ao contrário do que afirmam seus inquisidores a pretendê-lo “mensaleiro”, não sabe onde cair morto, se me permitem a linguagem rasteira.

Texto integral em: http://www.cartacapital.com.br/revista/768/uma-capa-resume-tudo-8663.html

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Orgulho... muito orgulho!!!!

Sem palavras... 






Obrigado Petrobras!

A análise...

Do Portal Agência Carta Maior: 




O CUCO INFATIGÁVEL:
SERRA, FHC E ECONOMIST
 
Com a sincronia infatigável dos ponteiros de um cuco, e uma notável harmonia de enredo e afinação, paladinos dos interesses conservadores vieram a público, na semana que finda, opor reparos à condução das coisas no país.  A perda de confiança no governo é o diapasão que afina o conjunto. Que os indicadores da economia e os da confiança   - a  dos eleitores, inclusive, como mostra o Ibope,com Dilma a vencer no 1º turno--  desenhe uma curva inversa, pouco lhes importa. Importa-lhes, acima de tudo, demolir um governo que, na sua ótica, trocou a ênfase nas reformas neoliberais pelo intervencionismo econômico. ‘"Vamos ter de nos reorganizar para restabelecer a confiança (do capital)", convocou FHC  em  ordem unida ministrada a empresários mineiros, na quarta (25). Na quinta (26), foi a vez de José Serra ir ao ponto. "O governo  decidiu, em 2010, implantar um modelo de partilha para novas explorações no pré-sal, obrigando a Petrobrás a deter pelo menos 30% do capital e criando uma nova estatal - Petrosal! que controla o comitê gestor de cada campo', fuzilou, em tom exclamativo. O resumo da ópera  veio impresso  na edição especial da revista The Economist, que seguiu na mesma  toada: ‘"Será que o Brasil estragou tudo?", pergunta a bíblia neoliberal.


Eis o texto completo da matéria de Saul Leblon:  


 



O cuco infatigável: Serra, FHC e Economist



Com a sincronia infatigável dos ponteiros de um cuco, e uma notável harmonia de enredo e afinação, três paladinos dos interesses conservadores vieram a público, na semana que finda, opor reparos à condução das coisas no país.

A perda de confiança no governo é o diapasão que rege o conjunto.

Que os indicadores da economia, os da confiança dos consumidores – a dos eleitores, inclusive, mostra o Ibope, com Dilma a vencer no 1º turno-- desenhe uma curva inversa, pouco lhes importa.

Importa-lhes, acima de tudo, desautorizar um governo que trocou a ênfase nas reformas neoliberais pelo intervencionismo econômico.

‘"Vamos ter de nos reorganizar para restabelecer a confiança", convocou FHC em ordem unida ministrada a empresários mineiros, na quarta (25).

‘Quando o Estado sufoca, ‘os que empreendem ficam com medo’, pontificou o tucano, de longe um especialista na arte de encorajar o capital.

Na quinta (26),foi a vez de José Serra ir ao ponto.

“O governo decidiu, em 2010, implantar um modelo de partilha para novas explorações no pré-sal, obrigando a Petrobrás a deter pelo menos 30% do capital e criando uma nova estatal - Petrosal! que controla o comitê gestor de cada campo’, arrepiou-se em exclamativos, no seu artigo no jornal ‘O Estado de SP’.

O resumo da ópera veio impresso na edição especial da revista The Economist, que seguiu na mesma toada: ‘"Será que o Brasil estragou tudo?", pergunta a bíblia neoliberal para oferecer suas respostas 14 págs.

Nenhuma dedicada à questão essencial do desenvolvimento brasileiro nos dias que correm: o desafio de recuperar a competitividade da indústria e inscreve-la na grade das cadeias globais.

Nada que se resolva com a bala de prata da abertura radical do mercado, receitada como panaceia pelos cucos de bico longo.

Ao contrário até.

A tarefa convoca um salto em tecnologia, coordenação do câmbio e blindagem do país contra a volatilidade financeira internacional.

A rigor, recoloca na ordem do dia a questão do controle de capitais. (leia ‘A guerra da informação’; neste blog ).

Não é essa, contudo, a hierarquia das prioridades grasnadas por Serra, FHC ou a The Economist.

O oposto que os mobiliza explica a inquebrantável disposição de frustrar o modelo de partilha do pré-sal, cujo 1º leilão ocorrerá dia 21 de outubro.

O que uma coisa tem a ver com a outra?

Para entende-lo é importante conhecer melhor um regime regulatório, alvo, ao mesmo tempo, da dureza crítica da esquerda e do mutirão do cuco conservador.

Para encurtar etapas, basta ir direto ao anátema que mereceu um exclamativo eriçado no artigo de Serra: a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

Trata-se da operadora estatal exclusiva de todos os campos do pré-sal.

Na prática, exerce o papel equivalente ao da gerência de um projeto público que tenha sua execução fatiada (por leilão) a agentes privados.

A estes, no caso, caberá prestar um serviço: a extração do petróleo.

Cujo dono continua sendo o país.

As relações da PPSA com as petroleiras serão tensas.

A estatal controlará toda contabilidade da exploração, incluindo-se o grau de eficiência das múltis, seus custos e lucros.

Para exercer seu poder de comando, terá o controle de metade das cadeiras do comitê gestor de cada campo.

Cabe ao comitê decidir, por exemplo, qual será o custo equivalente em barris da exploração do petróleo.

Fixado o parâmetro, define-se a sua contrapartida:o petróleo excedente (excedente do custo de exploração).

É sobre esse ‘excedente’ que incide a parte do governo no volume total extraído dos campos: a ‘partilha’ do pré-sal, que será, no mínimo, de 41,5% .

É esse, portanto, o lance mínimo do leilão que ocorrerá no dia 21 de outubro.
Mas o objetivo é justamente forçar a competição para produzir lances maiores, com ofertas de partilha mais vantajosas ao país.

Há, ainda, os royalties, elevados de 10% para 15% por barril na regulação do pré-sal.

A PPSA controlará toda essa contabilidade.

Com poderes incontrastáveis.

Em caso de impasse no comitê gestor, ela detém o voto de Minerva.

Cabe-lhe, ademais, o poder de veto sobre decisões que possam ferir o interesse nacional.

Quais decisões?

Por exemplo, controlar o ritmo da exploração; controlar o volume de petróleo exportado; controlar o índice de nacionalização dos equipamentos e encomendas requeridos em cada etapa do processo.

Esse poder dosador dá ao Estado brasileiro a possibilidade de transformar o ciclo do pré-sal num impulso industrializante gigantesco.

E de características inéditas na história do desenvolvimento: reside aí o vínculo com a disjuntiva que separa a visão progressista da receita conservadora para os gargalos da industrialização brasileira.

A singularidade mais relevante do modelo de partilha consiste em agregar um estratégico espaço de planejamento à luta pela regeneração da estrutura industrial do país.

A PPSA funciona como um pé de cabra que arromba a caixa preta introduzida pelo governo FHC na história do petróleo nacional.

A perda de controle veio com a quebra do monopólio , em 1995, seguida da sua operacionalidade, o regime de concessão, adotado em 1997.

Essa modalidade, ainda vigente em poços fora do pré-sal, faz da empresa exploradora a dona absoluta do óleo.

Mediante pagamento de bônus de assinatura e royalties, petroleiras internacionais se autorregulam (afinal, os mercados são autorreguláveis, não?).

Compete-lhes, assim, definir seus próprios custos, estabelecer o ritmo da exploração e exercer a prerrogativa sobre o destino do óleo extraído.

No limite, podem exportar o ‘seu’ petróleo mesmo havendo escassez interna.

A mudança introduzida no regime do pré-sal, se bem sucedida, sobretudo em tonificar a estrutura industrial do país, provocará redefinições sensíveis na disputa política e no imaginário social.

Pode regenerar a combalida imagem do interesse público como planejador e gestor direto do desenvolvimento da Nação.

Entende-se, portanto, a inquietação do infatigável cuco encarregado de nos lembrar, de hora em hora, de ciclo em ciclo, de crise em crise, que o Brasil não sabe, o Brasil não deve e o Brasil não pode, sob quaisquer critério, assumir o comando do seu próprio destino.

Nunca é suficiente repetir: ‘assumir o comando do seu próprio destino’, era assim que Celso Furtado definia a luta épica embutida na palavra 'desenvolvimento'.

O cuco conservador arrepia as penas só de ouvir.


Uma santa bem vinda...

Deu no Portal Terra:


'Santa', cubana chega a SP para Mais Médicos e chora em recepção

 

Médica Santa Ester Gonzales é formada em Havana e mestre em reabilitação e pediatria

A médica cubana Santa Ester Covas Gonzales vai trabalhar em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo Foto: Marcelo Pereira / Terra 
  • Thiago Tufano
    Direto de Embu-Guaçu
Uma das médicas cubanas que trabalhará no Programa Mais Médicos do governo federal chegou à cidade de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, e foi recepcionada nesta sexta-feira por cerca de 50 pessoas em um restaurante do município. Santa Ester Covas Gonzales foi recebida com um café da manhã completo e chegou a chorar no momento de seu breve discurso. Bastante tímida, a cubana evitou falar a respeito das polêmicas em torno do programa, como, por exemplo, a questão salarial.
Além de Santa Ester, como já ficou conhecida pelos que participaram da recepção, outros dois médicos cubanos trabalharão no Estado de São Paulo: um deles em Pedreira e o outro em Santo Antonio da Posse, interior paulista.
Entre os que participaram do café da manhã, estavam o prefeito de Embu-Guaçu, Clodoaldo Leite da Silva, o secretário da Saúde, Ronaldo Bueno, funcionários da prefeitura e até padres. Aos párocos, a médica fez um pedido e acabou se emocionando. "Estou agradecida demais. Não esperava todas essas pessoas aqui. Quero agradecer ao povo brasileiro. Meu nome é Santa. Padres, cuidem de mim", disse a cubana, aplaudida e interrompida pelo choro.
Santa Ester chegou ao Brasil no dia 21 de agosto e ficou em Brasília por cerca de 20 dias, onde estudou e se informou sobre o programa do governo federal. Depois da estada na capital da República, a médica esteve em São Paulo por três dias para, depois, chegar a Embu-Guaçu. Ela trabalhará na Unidade Básica de Saúde Paulo Maneta, no bairro Cipó.
Formada há 26 anos, Santa Ester é da capital cubana de Havana, onde estudou e se especializou em medicina integral geral e se tornou mestre em reabilitação e pediatria. "Posso ajudar em muitas coisas", disse a cubana. Além disso, a médica passou por algumas missões na Venezuela e no Paquistão - ela trabalhou com vítimas do terremoto que devastou o país asiático em 2005.
"Foi muito difícil (no Paquistão). Ajudei muitas pessoas. Foi uma experiência muito boa para a formação de qualquer médico. Trabalhei com médicos de vários países", disse a cubana.
Apesar de já estar pronta para trabalhar, Santa Ester terá que esperar o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM). Enquanto isso, ela continuará se informando sobre a saúde no território brasileiro. "Estou estudando os programas de saúde, a secretaria municipal de saúde está me ajudando a conhecer as medicações, as leis etc. Minhas mãos e minha vontade estão à disposição."
A médica cubana fez questão de elogiar o Mais Médicos e a oportunidade de trabalhar no Brasil. "É uma experiência maravilhosa, muito boa. Estou muito feliz por participar do Programa Mais Médicos. Quero agradecer a muitas pessoas, principalmente à presidente Dilma Rousseff e à secretaria municipal de saúde de Embu-Guaçu."
O prefeito da cidade paulista também agradeceu ao governo federal e disse que ainda espera outros 13 médicos do programa para trabalhar em Embu-Guaçu. "Quero me solidarizar com o Padilha (Alexandre, ministro da Saúde) porque pela primeira vez existe um debate em cima da saúde no País. Temos o benefício da discussão sobre o maior problema do Brasil. Sou 100% favorável à vinda dos estrangeiros, sejam de onde for. Importamos todos os profissionais. Por que só não se importam médicos?", questionou Clodoaldo da Silva.
Ele disse ainda que a cidade necessita de mais médicos, assim como todo o País, e que a saúde em Embu-Guaçu é precária. "A situação da saúde no município é precária, ainda mais nós, que estamos distantes de São Paulo. Os médicos preferem trabalhar mais próximos de suas casas, então temos dificuldades de trazer médicos. Mesmo assim, aqueles que estão aqui chegam atrasados, têm que sair mais cedo, pois os horários não batem", afirmou.
O secretário de Saúde Ronaldo Bueno também comemorou a chegada da médica à cidade da Grande São Paulo e disse que a administração municipal fará de tudo para que o Mais Médicos dê certo. "É preciso levar médicos até a população. Acredito muito no programa, gostaria muito que desse certo e estou empenhado para isso. O que o município precisar, estamos dispostos a fazer. Estamos acomodando ela no município. Ela tem dificuldade de comunicação, mas é tímida, está distante da família, mas com o tempo isso será superado", disse Bueno.
Santa Ester está hospedada em um hotel em Embu-Guaçu, mas a prefeitura está procurando uma casa para alugar, de preferência que seja perto da UBS onde a cubana irá trabalhar.

Denúncia

Empresa pública patrocina propaganda política

Por Carlos Alberto L. Andrade

 
Carlos Alberto Sardenberg - GloboNews

É bem sabido por todos os telespectadores que os jornais e informativos da GloboNews, emissora de TV paga das Organizações Globo têm uma posição crítica exacerbada em relação ao governo federal e aos partidos de esquerda em uma linha editorial criticável, embora não ilegal.

Um fato no entanto começa a mudar essa tendência com a aproximação da campanha eleitoral para a Presidência da República em 2014: a emissora muda o viés de seu noticiário e dá os primeiros passos para transformar seus informativos, ditos jornalísticos, em espaço de propaganda política. E mais: um desses noticiários, o "Jornal das Dez", apresentado por Mariana Godoy é a ponta de lança desse processo de envolvimento político direto da emissora na campanha eleitoral e o faz com patrocínio de uma empresa pública, a Petrobras.

Na edição desta quinta feira, dia 26, o comentarista de economia da emissora, Carlos Alberto Sardenberg com o pretexto de comentar jornalisticamente a publicação da revista britânica "The Economist" com capa e matéria questionando a economia brasileira, afirmou textualmente que a matéria da revista inglesa mostra que o Brasil só estará melhor "com outro governo" seguindo-se com diatribes contra o atual governo e fazendo clara apologia de troca de titulares da Presidência.

Até onde entendo, a fala do comentarista se insere não em análise econômica, mas em clara referência política com partidarismo assumido abertamente contrário à atual Presidente, em distorção jornalística que fere os mais singelos princípios do exercício da profissão. E fere também diretamente a Lei elitoral ao antecipar campanha política em período vedado a isso.

E o pior dessa evidente campanha eleitoral é o fato de a Petrobras, uma empresa pública, patrocinar propaganda política antecipada em época não permitida por lei, favorecendo assim a prática de uma ilegalidade que tem sido severamente punida pelos nossos tribunais até mesmo com perda de mandato para alguns políticos eleitos que fixzeram uso desse expediente. 

Não importa se a propaganda é a favor de A ou B ou contra C ou D. O que não é admissível é que uma empresa que pertence, pelo menos teoricamente, ao povo brasileiro patrocine - seguramente com alto custo e generosas verbas - propaganda eleitoral de quem quer que seja, não importa se Dilma Rousseff, Aécio Neves, Marina Silva ou até mesmo do pernambucano neto de Arraes.

Com a palavra a Sra. Graça Foster, atual presidente da Empresa, de quem esperamos não as costumeiras lenga-lengas de "liberdade de expressão" e coisas tais. Por brasileiro que já foi acionista da Petrobras, protesto contra esse uso de verbas da companhia para patrocinar candidaturas à Presidência da República, mesmo aquelas travestidas de pseudo análises jornalísticas dos notórios "comentaristas " e "especialistas" que se utilizam dos "jornais das dez" e dos demais noticiários da emissora para levar campanha eleitoral às ruas e aos desavisados telespectadores que não se dão conta da manipulação a que são submetidos por tais "jornalistas econômicos" e seus colegas.

Com a palavra também a Sra. Ministra Carmem Lúcia, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a quem também levo a denúncia de estar a GloboNews a fazer propaganda político-eleitoral antecipada em seus telejornais.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A choradeira do império...

A revista britânica "o economista" sempre foi a voz e a palavra do deus mercado no país que inventou a especulação e sangria de países e povos para o enriquecimento de uma minoria de magnatas na City londrina e arredores. Foi bem copiada depois, quando "o império no qual o sol nunca se põe" ruiu, pela sua antiga colônia na América. 

Pois não é que a revistinha agora deu para chorar a decadência do Reino!!!...

Não vamos perder noites e noites de sono por causa disso... O Miguel do Rosário no "O Cafezinho" e o "Tijolaço" do Fernando Brito mostram que não vale a pena perder nem meia hora de sono...


econo

The Economist: abatendo o Cristo que está saindo de sua órbita?

26 de setembro de 2013 | 14:36

Publico, abaixo, post de meu companheiro Miguel do Rosário, em seu blog O Cafezinho, sobre a próxima capa da revista The Economist, que – depois de um ano de catastrofismo tupiniquim – resolveu aderir ao coro dos urubus. Não sei se atrasada, não sei se mandada pelos “primos” americanos, ou mesmo por estar de “bico” pelas petroleiras inglesas terem ficado fora de Libra, a revista escolheu má hora para entrar no coral urubulino: justo quando os sinais da atividade econômica começam a dar sinais mais fortes de ascensão.
Rosário, você vai ler, desmonta a história com dados e comparações. E eu, assim que puder, volto ao tema para falar o que acho: eles não ficam muito satisfeitos quando percebem que algum cristo tem a ousadia de estar saindo de sua órbita e tomando seus rumos.

Resposta ao ataque da Economist ao Brasil

Miguel do Rosário
Parece até brincadeira, mas a menos que seja uma barriga gigante do UOL, a próxima capa da Economist representará um ataque frontal ao Brasil. A mídia tupi, que sempre escondeu os inúmeros elogios que o governo recebeu da mídia estrangeira, nos últimos dez anos, agora poderá fazer o contrário. Jornal Nacional, Fantástico, capas, a diatribe da revista britânica com certeza vai ganhar destaque em todos os meios.
Então eu voltei lá na Economist, para ver o que tinha mudado. E deparei com o artigo principal da última edição, O Ocidente Enfraquecido, um ridículo, desorientado e desonesto libelo em favor de mais intervenções militares norte-americanas no Oriente Médio, a começar pela Síria.
A Economist, que sempre foi conservadora, deu uma guinada à direita ainda mais forte nos últimos tempos. E deu fim à lua de mel com países em desenvolvimento.
Não é tão difícil entender, contudo. Segundo dados do Banco Mundial, o fluxo crescente de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil  desvia verbas que, até então, iam apenas para as grandes potências ocidentais, a começar por EUA e Reino Unido.
Confiram o gráfico abaixo. Observem que o Reino Unido, pátria-mãe da Economist, sofreu violenta queda de seus investimentos produtivos, e agora recebe menos dinheiro que o Brasil. Ou seja, a Economist pode resmungar à vontade. Na hora de botar a mão no bolso e investir, o mundo prefere o Brasil.
Aliás, esse é um fator para o qual devemos olhar sempre, porque a crise financeira do mundo desenvolvido está forçando seus governos a adotarem medidas algo drásticas para interromperem o fluxo de recursos para países emergentes, como o Brasil.  Com o poder que eles detêm sobre a informação, há sempre o risco de incitarem desordens aqui com objetivo de fazer os investidores desistirem do Brasil e voltarem a aplicar nas praças tradicionais, como Londres e Nova York.
Segundo a consultoria ATKearney, que há anos produz um índice de investimento estrangeiro direto (em inglês, FDI, Foreign Direct Investment), o Brasil subiu várias posições nos últimos anos, e hoje está em terceiro lugar no ranking global, atrás apenas de EUA e China. A Inglaterra, por sua vez, tem perdido pontos, e está hoje em oitavo lugar, após décadas entre os três primeiros.

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A avaliação que a consultoria faz do Brasil é ultra-positiva: 40% de razões para otimismo, contra apenas 10% para pessimismo. Os investidores têm sido atraídos por nossa demografia espetacular (muitos jovens em idade produtiva) e pelo aumento da renda dos trabalhadores. Em 2012, o investimento estrangeiro direto no Brasil, segundo a empresa, foi de US$ 65,2 bilhões, só um pouquinho abaixo do recorde registrado no ano anterior, de US$ 66,7 bilhões.Nesses primeiros dois anos do governo Dilma, os investimentos estrangeiros diretos (ou seja, em produção; não em especulação) foram os maiores da história.
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A Inglaterra também não pode chorar de barriga cheia. Recebeu US$ 62,7 bilhões de investimentos estrangeiros diretos em 2012. Mas entende-se a choradeira: em 2008, recebeu quase US$ 90 bilhões. A avaliação que a ATKearney faz do Reino Unido, em matéria de atração aos investidores, é menos positiva, porém, que a do Brasil: apenas 24% de razões positivas, contra 13% negativas.
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Investimento Estrangeiro Direto – Gráfico Comparativo – Reino Unido e Brasil ScreenHunter_2610 Sep. 26 13.56 Fonte: Banco Mundial.
Alguém poderia também lembrar à Economist que o desemprego no Brasil já está bem abaixo da taxa britânica. E a renda dos trabalhadores brasileiros tem crescido regularmente, ao contrário do que acontece na Inglaterra, onde tem caído. O Brasil ainda precisa avançar muito para alcançar o nível de desenvolvimento da Inglaterra. Mas não podemos perder de vista dois fatores:
  1. As estatísticas mostram que estamos no caminho certo.
  2. A história mostra que a Inglaterra sempre jogou contra o Brasil.

Desemprego no Reino Unido:
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Desemprego no Brasil:
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E já que a revista desenhou o Cristo Redentor caindo feito um míssil sobre o Rio de Janeiro, o Cafezinho retribui com um contra-ataque semiótico: uma bela foto da cidade maravilhosa. Última informação: segundo o IBGE, o desemprego na região metropolitana do Rio, em agosto, ficou em 4,5%, o menor da história da nossa cidade!
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Por: Fernando Brito


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E para completar aí está a matéria sobre o mesmo assunto, publicada no "Diário do Centro do Mundo": 


Só os brasileiros levam a sério a Economist
 
 
 
Nem o aplauso ajudou e nem a crítica vai prejudicar
Nem o aplauso ajudou e nem a crítica vai prejudicar
Uma das primeiras coisas que aprendi ao chegar a Londres, em 2009, é que ninguém dá a menor bola para a Economist. A revista, idolatrada no Brasil, é simplesmente ignorada em sua terra.
Ninguém fala nela. Você não encontra no metrô ou no ônibus gente a lendo. Jornalistas de primeira linha não trabalham nela – mas na BBC, no Guardian, no Times, ou mesmo em tabloides como o Sun. A Economist, de certa forma, é hoje uma invenção brasileira.
Rio comigo mesmo quando vejo, como agora, a repercussão intensa de alguma reportagem da Economist sobre o Brasil.
É uma prova de imensa caipirice nacional. Lembro uma vez em que fui a Rio Claro, no interior de São Paulo, quando dirigia a Exame. Fui nota na coluna social do principal jornal da cidade, e fui tratado como um Platão. Só para minha mãe, ou talvez nem para ela, eu fazia jus a tanta deferência.
É mais ou menos o que os brasileiros fazem com a Economist, e com outros títulos como o Financial Times.
A Economist não consegue resolver seus próprios problemas, nem os da sua Inglaterra, e mesmo assim tem a pretensão de resolver os problemas da humanidade.
É professoral, como os editoriais do Estadão também são, só que não existem entre os britânicos alunos dispostos a levá-la a sério.
A revista vai minguando, e minguando, e minguando na Era Digital, para a qual não encontrou resposta, talvez por estar demasiadamente entretida em salvar o mundo. Mas, no apogeu da desimportância, não perde a pose.
O Brasil terá chegado à maturidade quando reagir às lições da Economist — e do FT, ou de quem for – da seguinte maneira: ignorando-as.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.